Espanha falha meta do défice deste ano mas aumenta pensões em 2012
A maior parte dos analistas não acredita que o país consiga fechar o ano com o défice em 6%. O que significa maiores riscos de derrapagem também em 2012. Não obstante, o novo Governo vai levar por diante o aumento das pensões. Subidas poderão chegar a 2%.
Em de vez de 6% do PIB, o departamento de análise económica do BBVA estima que as contas públicas fechem o ano com um saldo negativo de 6,5%, o Intermoney antecipa 7% e a Funcas, Fundação das Caixas de Poupança, avança mesmo com um défice de 7,5%, que corresponde à média das previsões do seu painel de analistas, ontem actualizadas.
Caso este valor mais pessimista se confirme, o valor do ajustamento orçamental exigido para 2012 será o dobro do inicialmente previsto para atingir a meta de 4,4% do PIB: 32 mil milhões de euros, em vez de 16.500 milhões, calcula a Funcas.
Não obstante o contexto mais desfavorável encontrado pelo novo Governo, Mariano Rajoy renovou no seu discurso de tomada de posse a promessa eleitoral de actualizar o valor das pensões. A expectativa era que o fizessem tendo em conta o aumento em torno de 1% previsto para a inflação no próximo ano. Mas o “El Economista”, site de informação económica, avança hoje com a probabilidade de as pensões serem aumentadas entre 1,5% e 2%, o que significará um encargo adicional compreendido entre 1,8-2,4 mil milhões de euros.
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