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Eurodeputados discutem hoje novo orçamento da UE após cedências de Von der Leyen

As cedências surgiram após as bancadas de centro-direita, socialista, liberal e dos verdes, que formam a maioria pró-europeia do PE, terem anunciado rejeitar a proposta da CE para o orçamento da UE, assente em planos nacionais, exigindo uma revisão.

Ursula von der Leyen defende independência da Europa no Parlamento Europeu
Ursula von der Leyen defende independência da Europa no Parlamento Europeu Ronald Wittek / Lusa - EPA
07:43

Os eurodeputados vão esta quarta-feira discutir a proposta de orçamento da UE para 2028-2034 com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que já apresentou cedências para ultrapassar as críticas do Parlamento Europeu.

Na mini sessão plenária, a decorrer em Bruxelas, o Parlamento Europeu (PE) -- que tem de dar aval por maioria à proposta -- vai discutir com Von der Leyen a estrutura do novo orçamento da UE a longo prazo, depois dos eurodeputados terem rejeitado despesas limitadas aos planos nacionais e terem exigido o envolvimento do poder regional e parlamentar.

Na segunda-feira, a presidente da Comissão Europeia (CE) cedeu e apresentou compromissos relativos ao orçamento da UE a longo prazo, perante críticas do PE, incluindo uma verificação regional para garantir o envolvimento das autoridades regionais, uma meta rural para reconfiguração dos territórios (de 10% do total dos planos agrícolas nacionais), a salvaguarda da Política Agrícola Comum (PAC) e um mecanismo de análise para a assembleia europeia.

As cedências surgiram após as bancadas de centro-direita, socialista, liberal e dos verdes, que formam a maioria pró-europeia do PE, terem anunciado rejeitar a proposta da CE para o orçamento da UE, assente em planos nacionais, exigindo uma revisão.

Numa missiva enviada há três semanas a Ursula von der Leyen, a que a Lusa teve acesso, as bancadas do Partido Popular Europeu, dos Socialistas e Democratas, dos liberais Renovar a Europa e dos Verdes vincaram "não poder aceitar esta proposta como base para iniciar negociações".

Face às críticas da assembleia europeia, Bruxelas admite agora que pode envolver mais a instituição no próximo Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, as regiões podem vir a ser ouvidas sobre os planos nacionais e a PAC pode ser alterada sem mudar valores.

Em julho passado, a CE propôs um novo orçamento da UE a longo prazo, para 2028-2034, de dois biliões de euros, acima dos 1,2 biliões do atual quadro, que inclui mais contribuições nacionais e três novos impostos.

O executivo comunitário propôs que Portugal receba no novo orçamento 33,5 mil milhões de euros, incluindo para a coesão e agricultura, no âmbito do plano de parceria nacional e regional ao abrigo do novo orçamento da UE até 2034.

Este montante enquadra-se em 865 mil milhões de euros propostos pelo executivo comunitário para investimentos e reformas nos 27 Estados-membros da UE, no âmbito dos novos 27 planos (um por país) de parceria nacionais e regionais com desembolsos mediante objetivos.

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