Europa deve reduzir 30% das emissões de CO2
Se falhar esta meta, a região arrisca-se a ser superada pelos Estados Unidos, Japão e China numa economia de baixo carbono.
Esta ideia foi defendida pelo secretário de Estado britânico para as alterações climáticas, Chris Huhne (na foto), o secretário de Estado francês, Jean-Louis Borloo e o ministro do Ambiente alemão, Norbert Roettgen num artigo publico hoje no "Financial Times", no "Le Monde" e no "Frankfurter Allgemeine Zeitung".
A União Europeia comprometeu-se a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20% até 2020. No entanto, durante a Cimeira de Copenhaga admitiu a possibilidade de aumentar esta meta para 30%, caso outros países definissem um objectivo semelhante.
Sete meses passados passados sobre o "falhanço" da cimeira, Huhne, Roettgen e Borloo defendem agora que é "imperativo" a União Europeia definir um objectivo mais ambicioso se não quer ser superado pelos Estados Unidos e pela China em termos de desenvolvimento tecnológico.
"Se ficarmos nos 20%, é provável que a Europa perca a competição num mundo de baixo carbono para países como a China, Japão e Estados Unidos", escreveram os três responsáveis.
A Comissão Europeia admitiu no passado dia 26 de Maio que aumentar o "target" para 30% iria custar à região mais 33 mil milhões de euros por ano até 2020.
"Se continuarmos a hesitar na Europa e se os empresários continuarem a arrastar os pés durante os próximos anos, iremos perder a posição de liderança que temos actualmente", afirmou a Comissária europeia para as alterações climáticas, Connie Hedegaard durante um discurso, ontem em Londres, para o Grupo sobre Alterações Climáticas do Príncipe Carlos.
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