Hoje de manhã, o ministro das Finanças admitiu que o défice deste ano possa ultrapassar os 3% do Produto Interno Bruto (PIB), ficando assim acima dos limites impostos por Bruxelas.

"Se algum agravamento do défice ocorrer, particularmente no ano de 2009, ocorre porque há uma crise financeira internacional que exige que o Estado tenha uma intervenção mais forte" para ajudar a economia e assim o emprego.

As declarações de Fernando Teixeira dos Santos foram feitas aos jornalistas à margem da tomada de posse dos órgãos sociais da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

O ministro frisou que, se houver algum agravamento, este será "temporário".

Apesar da revisão do PEC e do Orçamento suplementar ainda não serem conhecidos, o Governo admitiu, em Dezembro, que o défice seria de 3% e não de 2,2% do PIB, em resultado do programa de investimentos e de emprego de combate à crise.

O ministro das Finanças alemão reconheceu que em 2010 a Alemanha não vai cumprir inevitavelmente o Pacto de Estabilidade da União Europeia, por prever um défice orçamental superior a 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Para 2009 espero que possamos manter-nos nos limites de 3% do PIB para o novo endividamento. Em 2010, pelo contrário, estaremos bem acima dos 4 por cento", declarou Peer Steinbrük numa entrevista hoje publicada pelo diário económico Financial Times Deutschland.