Morgan Stanley vê contração de 12,5% em Portugal e desemprego nos 11%
A economia portuguesa deverá contrair 12,5% este ano e a taxa de desemprego disparar para 11%, estima o Morgan Stanley. O défice deverá atingir 7,8% do PIB e a dívida os 141,7%.
O produto interno bruto (PIB) português deverá sofrer uma queda de 12,5% este ano, segundo o cenário base, tido como o mais provável, indica um relatório do banco de investimento Morgan Stanley divulgado esta segunda-feira. No pior cenário, o banco prevê uma contracção de 21,5%, enquanto no cenário mais favorável a quebra será de 6,7%.
De acordo com o cenário base traçado pelos economistas do banco, a economia da zona euro irá cair 10,8% este ano devido ao impacto da pandemia da covid-19, com os países mais atingidos a serem Itália (-15,1%), Espanha (-13,5%), Grécia (-13,3%), Portugal (-12,5%) e França (-10,7%).
A Alemanha sofrerá uma quebra de 8,4% no PIB, tal como a Bélgica.
O Morgan Stanley antecipa que em 2021 o PIB da zona euro cresça 6%, apontando como países com maiores crescimentos a Itália (7%), Espanha (6,7%) e a Alemanha (6,4%). Para Portugal, a previsão é de uma expansão de 5,1%, em linha com a Holanda e abaixo dos 5,8% de França.
Quanto ao desemprego para este ano, as previsões são de que este dispare em Portugal de 6,6% para 11%, um nível que não se regista no país desde 2016.
No conjunto da zona euro a taxa de desemprego deverá acelerar dos 7,6% para 9,8%.
Além de Portugal, as maiores subidas deverão ocorrer em Itália (de 9,9% para 14%), Espanha (de 14,1 para 18,6%) e na Grécia (17,3 para 20,7%). Alemanha e França terão subidas de 0,8 pontos percentuais, para 4% e 9,3%, respetivamente.
Já na parte das finanças públicas, os economistas do banco prevêem que em 2020 Portugal registe um défice de 7,8% do PIB e que a dívida pública dispare de 117,7% para 141,7% do PIB.
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