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Mulheres prestes a superar homens no mercado laboral

As mulheres estão quase a apanhar os homens tanto na população empregada como na população ativa. A aproximação já vem de trás, mas tem acelerado sempre que surgem crises, às quais os trabalhadores homens se têm revelado mais vulneráveis. Nesta crise, está a ser parecido até agora, mas é cedo para perceber se as dinâmicas se mantêm pois é diferente de todas as outras. Mas se em número de trabalhadores e ativos a igualdade está aí, continua a haver mais mulheres inativas do que homens – elas são mais do que eles. E os salários, esses, são ainda muito diferentes.

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mulher pessoas Reuters
23 de Setembro de 2020 às 23:30
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São 28,3 mil os empregos que separam os homens das mulheres no mercado de trabalho. Nunca a diferença foi tão pequena e é uma questão de (pouco) tempo até que as mulheres os ultrapassem. Na população ativa (pessoas disponíveis para trabalhar, estejam empregadas ou desempregadas) passa-se o mesmo, sendo a diferença ainda menor: 21 mil.

De acordo com o INE, estavam empregados em julho 4,67 milhões de pessoas, das quais 49,7% eram mulheres. A convergência entre homens e mulheres acentuou-se com esta crise económica, repetindo uma tendência já observada em recessões anteriores.

Desde fevereiro desapareceram 167 mil empregos, dos quais 104 mil, 62%, eram desempenhados por homens. A evolução mensal foi desigual. Em março, as mulheres foram mais atingidas, mas a situação inverteu-se depois. Em abril, os homens perderam muito mais empregos e nos meses seguintes o número de mulheres empregadas subiu ao contrário do que sucedeu com os homens.

Uma das lições que se podem tirar das três grandes crises deste século é que os homens se tornaram trabalhadores mais vulneráveis do que as mulheres (ver gráfico). Na crise entre fevereiro de 2012 e junho de 2015, foram destruídos 137 mil empregos ocupados por homens, enquanto a população empregada feminina subiu em 10 mil.

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