NATO afina objectivos e ensaia namoro com a Rússia
A organização deverá redefinir princípios básicos num encontro em que os olhos também estarão postos na Rússia.
Um ataque armado contra um ou vários membros da NATO, na Europa ou na América do Norte, será considerado um ataque a todos e cada um, em legítima defesa, prestará assistência, recorrendo, se necessário, à força armada, para garantir a segurança.
Em suma, trata-se do velho lema "um por todos e todos por um" - inscrito no artigo 5º do tratado do Atlântico Norte, assinado em Abril de 1949 - que deverá sair reforçado da cimeira que amanhã começa e que trará a Lisboa os principais líderes mundiais.
Sobre a mesa, a que se sentarão os 28 países-membros, estará a redefinição do conceito estratégico da Aliança Atlântica, um dos pontos fundamentais da agenda do encontro e que passa pela actualização dos próprios objectivos e missão, fixados na cimeira de Washington, em 1999.
A base é o trabalho de reflexão do grupo de sábios dirigido por Madeleine Albright, ex-chefe da diplomacia norte-americana, e a intenção é adaptar o papel da NATO a um mundo em que a geopolítica mudou radicalmente depois dos atentados terroristas do 11 de Setembro, da guerra na Geórgia e da própria crise financeira.
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