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Passos Coelho: “Namorar tenho, felizmente, namorado com a minha mulher”

O primeiro-ministro respondia a João Semedo, do Bloco de Esquerda, que afirmou que “tanto apelo ao consenso tem certamente água no bico”.

19 de Abril de 2013 às 12:08

“No breefing do Conselho de Ministros, houve uma estação de televisão que fez as contas, por doze vezes  o ministro Poiares Maduro se referiu ao consenso político”, referiu o líder do Bloco de Esquerda (BE), João Semedo, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, esta sexta-feira no Parlamento.  

“O ministro Paulo Portas passou a ter um sério concorrente no namoro com o PS”, acrescentou, sublinhando que o primeiro-ministro vai ter de gerir “os ciúmes” entre ministros.

“Tanto apelo ao consenso, e para mais austeridade, tem certamente água no bico. Esse consenso de que o sr. ministro adjunto falou uma dúzia de vezes é imposto pela troika e necessário a um segundo resgate a que já não será possível fugir?” questionou João Semedo.

“Pare de fazer de nós todos parvos. Pare de tomar os portugueses por tolos. Deixe de responsabilizar o Tribunal Constitucional (TC) pelos problemas criados pelo seu Governo”, afirmou também o líder do BE, numa intervenção muito crítica.  “Anda a falar desde 2012 dos cortes de 4 mil milhões. Quer que algum português possa acreditar que a responsabilidade da situação tem a ver com o TC? Ao contrário, percebemos bem os malefícios da sua política”.

Na resposta, o primeiro-ministro afirmou: “Fez-me um apelo que considero totalmente desnecessário, agradeço-lhe que acredite que não tenho nenhum juízo de intenção sobre o nível de consciência que cada deputado ou cidadão possa ter sobre o fenómeno político. O que o governo tem feito é assumir as suas responsabilidades. Estamos habituados a discordar. Mas outra coisa é acusar o Governo de não ter políticas”.

A nota do Conselho de Ministros foi “muito clara quanto às poupanças”, esclareceu o governante, admitindo apenas que só não o foi no que toca ao envolvimento do QREN, uma vez que estão ainda a proceder ao levantamento.  

“Entre o reforço de 50 milhões nas parcerias público-privadas rodoviárias e na despesa publica em bens e salários, que totalizam 734 milhões de euros, não há aqui nenhuma opacidade”, salientou.

“É verdade que de acordo com os argumento usados no TC, o Governo precisa de repensar” estratégias para os cortes permanentes a apresentar à troika, “porque não tem nenhum interesse em estar sempre a apresentar matéria que o TC possa declarar inconstitucional”.

Sobre o alegado namoro com o PS, respondeu apenas: “Namorar tenho, felizmente, namorado com a minha mulher”.

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