Se há coisa relativamente à qual tenho cada vez menos dúvidas é que as alterações climáticas vão ser o grande tema que vai marcar a economia, a política e a sociedade nas próximas décadas. O tema está no centro das preocupações da ONU, da UE, de um crescente número de investidores globais e, porventura mais importante, de cada vez mais cidadãos e consumidores de todo o mundo. E começa, finalmente, a ganhar também alguma centralidade nas discussões sobre políticas públicas e sobre estratégia empresarial em Portugal. E por boas razões: o mundo tem uma curta janela de oportunidade para travar o aquecimento global para lá de níveis que evitem uma disrupção com consequências (também) económicas ainda difíceis de conceber na sua total magnitude.