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PS acusa Montenegro de "lançar cenoura" aos trabalhadores com salário mínimo de 1500 euros

"Essa de lançar a cenoura depois de uma machadada que se dá sobre os trabalhadores é uma técnica que julgo que ninguém acredita nela", disse José Luís Carneiro, à entrada para uma sessão de homenagem aos militantes mais antigos do PS/Aveiro, que decorreu esta noite no Centro de Congressos de Aveiro.

José Luís Carneiro criticou Montenegro sobre expectativa para salário mínimo
José Luís Carneiro criticou Montenegro sobre expectativa para salário mínimo José Coelho / Lusa
05 de Dezembro de 2025 às 23:16

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro de estar a "lançar uma cenoura" aos trabalhadores ao falar no aumento do salário mínimo para 1500 euros, numa tentativa de esvaziar o conteúdo da greve geral.

"Essa de lançar a cenoura depois de uma machadada que se dá sobre os trabalhadores é uma técnica que julgo que ninguém acredita nela", disse José Luís Carneiro, à entrada para uma sessão de homenagem aos militantes mais antigos do PS/Aveiro, que decorreu esta noite no Centro de Congressos de Aveiro.

O líder socialista respondia assim ao primeiro-ministro que hoje, em Ovar, insistiu que este é o momento para avançar com a reforma laboral, questionando o porquê de não aproveitar esta oportunidade para ir "um pouco mais longe", dando como exemplo o aumento do salário mínimo de 920 para 1500 euros.

José Luís Carneiro disse não ter dúvidas de que estas declarações são "uma tentativa de esvaziar o conteúdo da greve geral", que está marcada para quinta-feira, afirmando estar convencido de que os trabalhadores "estão também muito conscientes daquilo que são manobras de diversão da parte dos membros do Governo".

O líder socialista enfatizou ainda que há 12 anos que não havia uma greve geral, afirmando que aquilo que o Governo conseguiu com estas propostas foi "quebrar a paz social, que é fundamental para que a economia continue a crescer e continue a criar emprego".

"Há sindicatos independentes, há sindicatos dos trabalhadores sociais-democratas, do PPD, há trabalhadores que estão ligados ao Partido Socialista e todos, das diferentes correntes, mostraram a vontade de avançar para a greve e, portanto, isto é muito significativo", observou.

Insistiu ainda que nada justifica que o Governo tenha avançado com opções políticas "tão disruptivas", adiantado que o país está "praticamente em pleno emprego e a economia está a crescer", e recordou que a última revisão das leis laborais aconteceu há apenas dois anos, tendo contado com o contributo do PSD para a solução final da Agenda do Trabalho Digno.

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