Só a Itália vai crescer menos que Portugal em 2008 na Zona Euro
Portugal e Itália são os dois países da Zona Euro que menos vão crescer no próximo ano. O FMI reiterou as previsões que apontam para um crescimento de 1,8% da economia portuguesa, aquém da média da região de 2,1%. As estimativas para a inflação ficam acim
Portugal e Itália são os dois países da Zona Euro que menos vão crescer no próximo ano. O FMI reiterou as previsões que apontam para um crescimento de 1,8% da economia portuguesa, aquém da média da região de 2,1%. As estimativas para a inflação ficam acima do valor estimado pelo Governo. Segundo o relatório, a alta do euro vai prejudicar as nossas exportações.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou hoje o seu relatório sobre as perspectivas para a economia mundial.
No relatório, o organismo revê em baixa a previsão para o crescimento da Zona Euro em 2007, em uma décima de ponto percentual para os 2,5%.
Para o próximo ano, as previsões apontam para um crescimento de 2,1%, aquém das anteriores previsões que apontavam para um ritmo de subida do produto interno bruto (PIB) de 2,5%.
Na região, o FMI diz que as economias italiana e portuguesa são aquelas que menos vão crescer em 2008.
Para a Itália, o FMI prevê um arrefecimento da economia que deverá crescer 1,7% este ano e 1,3% em 2008.
Para Portugal, o organismo já tinha revisto em baixa as estimativas de crescimento para 2007 e 2008, prevendo uma subida idêntica do PIB nos dois anos, de 1,8%.
Estes valores ficam aquém das previsões avançadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2008 que apontam para uma subida de 2,2% da riqueza nacional em 2008. Estes valores são idênticos às previsões do Banco de Portugal.
Ontem, o Governador do Banco de Portugal considerou que este corte de previsões do FMI para a economia portuguesa, é "difícil de justificar".
No relatório publicado hoje, o FMI diz que a menor procura global e a subida do euro "vão pesar nas exportações de países com um menor nível de competitividade, incluindo a França, Portugal e Espanha".
As exportações têm servido de esteio ao crescimento económico de Portugal nos últimos anos.
Na inflação, o FMI também está em dissonância com o Governo, prevendo um crescimento generalizado dos preços de 2,4%, contra as previsões do Governo que parte para as negociações salariais com uma estimativa de 2,1% para a taxa de inflação.
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