pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Tradutores, programadores e até matemáticos. Microsoft revela as profissões mais expostas à IA

Já as profissões que exigem trabalho manual e intervenção física direta são as que registam menor índice de aplicabilidade de inteligência artificial.

Estudo da Microsoft: Tradutores e programadores estão expostos à IA
Estudo da Microsoft: Tradutores e programadores estão expostos à IA Kindamorphic/Getty Images
04 de Agosto de 2025 às 12:43

As profissões que mais dependem da recolha e transmissão de informação, como intérpretes e tradutores, estão entre as mais suscetíveis ao impacto da Inteligência Artificial (IA), concluiu um estudo do centro de investigação da Microsoft.

De acordo com o estudo, as atividades mais frequentemente realizadas pela IA incluem obter e transmitir informação, escrever, explicar conteúdos e aconselhar, pelo que quando estas tarefas fazem parte da base de uma profissão, esta tende a apresentar uma maior "pontuação de aplicabilidade de IA".

Neste sentido, os intérpretes e tradutores são a profissão mais impactada pela tecnologia, com 98% das suas atividades de trabalho a sobreporem-se a tarefas realizadas frequentemente por ferramentas de IA, refere a empresa.

Entre outras profissões altamente expostas à IA estão os escritores e autores, representantes de atendimento ao cliente, jornalistas e repórteres, editores, analistas de dados, programadores, especialistas em relações públicas ou matemáticos.

O estudo refere que todas estas profissões partilham um traço em comum, pois são atividades de "trabalho do conhecimento", que se baseiam sobretudo na manipulação de informação e comunicação, áreas onde a IA tem demonstrado ter bons resultados.

Contudo, o documento sublinha que a maior parte das tarefas realizadas pelas ferramentas de IA ainda atua num papel de apoio, e não de substituição direta.

Em 40% das conversas analisadas, as ações de IA foram diferentes dos objetivos de trabalho, demonstrado que a tecnologia muitas vezes complementa o trabalho humano, em vez de o replicar diretamente.

Numa perspetiva futura, o estudo refere que profissões com maior grau de instrução são ligeiramente mais afetadas, embora o impacto da IA seja transversal a todas as áreas.

No entanto, as profissões que exigem trabalho manual e intervenção física direta são as que registam menor índice de aplicabilidade de IA, como as tarefas ligadas à construção, saúde ou agricultura.

Os investigadores alertam que ainda não é possível concluir se a tecnologia irá substituir determinados empregos, até porque a adoção de IA nas empresas depende de diversos fatores, como a competência para lidar com estes modelos.

A realização do estudo "Trabalhando com IA: Medir as implicações ocupacionais da IA generativa" teve como base a análise de 200 mil conversas anónimas com o 'chatbot' de IA Copilot (assistente virtual que usa inteligência artificial e programação para comunicar por texto com utilizadores).

Ver comentários
Publicidade
C•Studio