Governo diz que vai reduzir o chumbo de alunos
Numa análise publicada esta quarta-feira, a OCDE conclui que o chumbo de alunos em Portugal é o principal factor de risco para os fracos desempenhos dos alunos portugueses nos testes PISA, avaliações feitas de três em três anos pelo organismo dos países mais industrializados do mundo. Ou seja, em Portugal, quem já chumbou tem probabilidades mais elevadas de voltar a chumbar.
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Na média dos países da OCDE, 11,6% dos alunos estão abaixo do nível 2 nos três pilares avaliados: Matemática, Leitura e Ciências. Em Portugal, essa percentagem é um ponto percentual superior (12,6%). Aos 15 anos, 56,1% dos alunos com piores desempenhos a Matemática nos testes PISA já tinham chumbado anteriormente (54,4% na média da OCDE).
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O Ministério da Educação diz ao Público que tomou nota da avaliação da OCDE e promete actuar já nesta legislatura. "No que diz respeito ao PISA, há dois diagnósticos que sabemos que são centrais nas políticas educativas e que não só acolhemos como nos propomos enfrentar decisivamente no decorrer da legislatura: a promoção do sucesso escolar (como instrumento de redução drástica das ainda demasiado elevadas taxas de retenção) e a equidade no sistema educativo", refere fonte oficial do ministério ao diário.
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O segundo factor que mais contribui para os maus resultados dos testes PISA é, segundo a OCDE, a frequência de "cursos vocacionais" ou "profissionais". Em Portugal, 49,3% dos alunos com desempenhos mais fracos seguem essa vida (a média da OCDE é 40,6%). O terceiro factor é a condição socioeconómica do estudante e da sua família. 44,2% dos alunos mais pobres têm maus resultados e Portugal é o 15.º país da OCDE com maior diferença entre estudantes carenciados e mais favorecidos.
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