“Em nenhum momento pedi a João Menezes que não exonerasse o seu chefe de gabinete”
A versão do ministro da Educação, agora conhecida, contraria a de Wengorovius Menezes, que ontem esclareceu ter querido demitir Félix por "falta de competência e de lealdade" e que o ministro lhe pediu que não o fizesse.
O Ministro da Educação reafirmou desconhecer que o chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Nuno Félix, não tivesse as licenciaturas concluídas e negou que tivesse pedido ao anterior titular da secretaria de Estado, João Wengorovius Menezes, para não demitir Félix.
"Disse que não sabia e reafirmo que não sabia. Não sabia que havia um erro. (...) Em nenhum momento eu pedi ao governante João Menezes que não exonerasse o seu chefe de gabinete," garantiu Tiago Brandão Rodrigues esta terça-feira, 1 de Novembro, em entrevista ao Jornal da Noite, na SIC.
Nuno Félix demitiu-se esta sexta-feira na sequência de notícias que davam conta de que no seu despacho de nomeação constavam qualificações que não detinha, nomeadamente duas licenciaturas em Ciências da Comunicação e Direito que estavam incompletas mas eram referidas no seu despacho de nomeação como estando concluídas.
O Observador tinha avançado no mesmo dia que o ministro sabia das licenciaturas incompletas e que Wengorovius quis demitir Nuno Félix, não apenas por esta razão, e que foi impedido por Tiago Brandão Rodrigues. A versão do ministro agora conhecida contraria a de Wengorovius Menezes, que ontem escreveu na sua página de Facebook que quis demitir Félix por "falta de competência e de lealdade". "O ministro pediu-me que não o exonerasse," afirma o ex-secretário de Estado na mesma publicação citada por meios de comunicação social. Depois da notícia do Observador, Wengorovius já tinha no entanto vindo dizer à TSF: "Nunca comuniquei Tiago Brandão Rodrigues recusou ainda ter feito ingerências na actividade do secretário de Estado João Wengorovius Menezes (que se demitiu em Abril passado em ruptura com o ministro e também ontem, no Facebook, atribuiu essa ruptura a "ingerências frequentes e injustificadas" do ministro), afirmando que o mais importante é "cumprir o programa de Governo". "Não tenho nenhum tipo de ingerência no trabalho dos outros governantes, nem com os que trabalham comigo. No entanto, eu sou ministro da Educação," afirmou,
A versão do ministro agora conhecida contraria a de Wengorovius Menezes, que ontem escreveu na sua página de Facebook que quis demitir Félix por "falta de competência e de lealdade". "O ministro pediu-me que não o exonerasse," afirma o ex-secretário de Estado na mesma publicação citada por meios de comunicação social.
Depois da notícia do Observador, Wengorovius já tinha no entanto vindo dizer à TSF: "Nunca comuniquei
Tiago Brandão Rodrigues recusou ainda ter feito ingerências na actividade do secretário de Estado João Wengorovius Menezes (que se demitiu em Abril passado em ruptura com o ministro e também ontem, no Facebook, atribuiu essa ruptura a "ingerências frequentes e injustificadas" do ministro), afirmando que o mais importante é "cumprir o programa de Governo".
"Havia um facto real: um despacho de nomeação conter inverdades, que é condenável. Houve consequências, que foi haver a demissão do chefe de gabinete," afirmou na mesma entrevista.
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