Quase 70% dos escolhidos pela Cresap já era dirigente em substituição

Quase sete em cada dez dirigentes de topo da Administração Pública chegaram a lugares de topo após passarem pelo crivo da Cresap - mas também depois de já terem ocupado o cargo para o qual foram escolhidos em regime de substituição. Governo quer rever as regras
Alexandra leitão Ministra da Administração pública
Bruno Colaço
Negócios 18 de Junho de 2021 às 08:37

Quase 70% lugares para direção de topo da Administração Pública a concurso pela Cresap desde 2019 acabaram nas mãos de trabalhadores que já estavam no lugar em regime de substituição, viciando o processo.

Segundo escreve nesta sexta-feira, 18 de junho, o semanário Expresso, apesar de a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) ter sido criada para dar primazia ao mérito e despolitizar os cargos de topo do Estado, através da seleção por concursos independentes, isso não está a acontecer na grande maioria dos casos. 

Isto porque em 69,1% dos 68 concursos avaliados pelo Expresso o dirigente de topo  que acabou por ser nomeado pelo Governo, após passar o crivo da Cresap, já ocupava o cargo em regime de substituição. Um regime através do qual o Executivo pode nomear diretamente e que, apesar de ter natureza temporária, muitas vezes se prolonga por mais de um ano.

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Segundo escreve nesta sexta-feira, 18 de junho, o semanário Expresso, apesar de a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) ter sido criada para dar primazia ao mérito e despolitizar os cargos de topo do Estado, através da seleção por concursos independentes, isso não está a acontecer na grande maioria dos casos. 

Para os especialistas esta é uma prática abusiva e o Governo quer mudar as regras.

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