Mais de um quarto dos desempregados passaram a ter emprego no arranque deste ano
Maioria das pessoas que encontraram emprego no segundo trimestre foram desempregados de curta duração e do sexo masculino. Mais de 3% dos trabalhadores mudaram de emprego entre abril e junho.
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Mais de um quarto das pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre encontraram emprego entre abril e junho, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A maioria das pessoas que encontraram emprego nesse período foram homens. Quase um quinto dos desempregados entre janeiro e março transitaram para a inatividade.
Segundo o INE, 365,5 mil pessoas estavam desempregadas nos primeiros três meses do ano. Desses, 99,7 mil (27,3%) transitaram para o emprego, sendo que 53,4 mil eram homens desempregados e 46,3 mil mulheres. A maioria desses desempregados que encontraram emprego eram de curta duração (77,4 mil) e 24,6 mil eram inativos pertencentes à "força de trabalho potencial". Nesse mesmo período, 16,6% dos desempregados de longa duração e 2,5% dos outros inativos também transitaram para o emprego.

Dos jovens entre os 16 e os 34 anos que não estavam empregados no primeiro trimestre, nem em educação ou formação (os chamados "jovens nem-nem"), 23,4% (48,1 mil) encontraram emprego entre abril e junho. Já 23,7% (48,7 mil) desses jovens passaram a frequentar o ensino ou formação.
Transitaram para um trabalho por conta de outrem 24,3% (88,9 mil) das pessoas que se encontravam desempregadas. Em contrapartida, 1,5% (67 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta de outrem transitaram para um trabalho por conta própria.
Já a maioria das pessoas que estavam desempregadas (54,2%; 198,1 mil) permaneceram desempregadas no segundo trimestre. Dos 365,5 mil desempregados registado entre janeiro e março, 18,6% (68,0 mil) passaram para a inatividade entre abril e junho.
3,2% dos trabalhadores mudaram de emprego
Os dados do INE revelam também que, do total de pessoas que estavam empregadas no primeiro trimestre, 97,2% (5.036,5 mil) permaneceram nesse estado no segundo trimestre. Além dessas, 1,3% (65,3 mil) transitaram para o desemprego e 1,5% (79,6 mil) passaram para a inatividade.
Já a percentagem de pessoas que permaneceram empregadas entre janeiro e junho, mas que mudaram de emprego, "fixou-se nos 3,2% (160,9 mil)". No mesmo período, 3,8% (191,5 mil) das pessoas mantiveram-se empregadas continuaram a ter dois ou mais empregos e 1,9% (96,2 mil) das pessoas que tinham um emprego passaram a ter dois ou mais empregos.
Ao mesmo tempo, transitaram para um trabalho por conta de outrem 9,5% (72 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria. E do total de trabalhadores por conta de outrem que, no primeiro trimestre, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 22,3% (148,6 mil) passaram a ter um contrato sem termo no segundo trimestre.
Por outro lado, 21,7% (93,0 mil) das pessoas que tinham um emprego apenas a tempo parcial no primeiro trimestre passaram a trabalhar a tempo completo no segundo trimestre do ano.
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