pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Francisco Calheiros sobre aprovação da lei laboral: “Teria atuado de outra maneira”

A aprovação de um anteprojeto antes da primeira reunião de concertação social gerou reparos por parte do presidente da Confederação do Turismo (CTP). UGT diz, com ceticismo que “pode ser que o Governo apresente aí propostas inovadoras de que nunca tivemos conhecimento”.

Francisco Calheiros, da CTP, aguarda propostas do Governo sobre legislação laboral
Francisco Calheiros, da CTP, aguarda propostas do Governo sobre legislação laboral António Pedro Santos / Lusa
24 de Julho de 2025 às 16:48

O facto de o Governo ter aprovado esta manhã em Conselho de Ministros – o que não é comum – gerou reparos por parte da Confederação do Turismo (CTP).

“Nós não sabemos nada, sabemos o que acabou de dizer: que foi aprovado em Conselho de Ministros. O quê? Não temos nenhum documento, não temos nenhuma proposta, não temos nada. Se é o que acabou de a dizer – ou seja, algo para aumentar a produtividade – estamos totalmente de acordo, mas temos de esperar para ver o que vai ser”, disse, à entrada da reunião de concertação social.

“Eu teria talvez, metodologicamente, atuado de outra maneira. Ou seja, uma vez que vamos revisitar o famoso capítulo V da legislação laboral, eu teria trazido primeiro à concertação social quais as prioridades dos parceiros e depois então levaria a Conselho de Ministros. Vamos esperar o que o Governo tem para nos dizer.”

Sublinhando a importância de verificar “o detalhe”, Armindo Monteiro, da Confederação Empresarial (CIP) voltou a falar de uma “oportunidade única” para que as empresas “desenvolvam o seu potencial”.

Nós não somos perigosos capitalistas, acreditamos na economia de mercado e acreditamos no sentido social da nossa economia. Agora, precisamos de a atualizar porque a nossa economia precisa de ser atualizada por um Código onde mantenha a proteção dos trabalhadores e seja mais produtiva”.

Mário Mourão, da UGT, afirmou que julga “que é uma proposta, porque se não fosse uma proposta não vínhamos cá fazer nada”.  Sublinhando que não tinha, à entrada da concertação social, “qualquer proposta”, o secretário-geral da UGT disse que a UGT “depois de fazer uma avaliação, envolvendo os seus sindicatos, porque esta é uma matéria sensível, tomaremos uma decisão”.

Mas “vamos ver, pode ser que o Governo apresente aí propostas inovadoras de que nunca tivemos conhecimento”, disse, com algum ceticismo. E contrariou a ideia de que a competitividade passe pela legislação laboral.

Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, sublinhou que a resposta “é continuar a perpetuar uma política de exploração dos trabalhadores, respondendo aos interesses dos grupos económicos e das grandes empresas”. Mas disse que iria esperar pelo conteúdo da reunião.

Teria trazido primeiro à concertação social quais as prioridades dos parceiros e depois então levaria a Conselho de Ministros. Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo (CTP)
Pode ser que o Governo apresente aí propostas inovadoras de que nunca tivemos conhecimento. Mário Mourão, secretário-geral da UGT
Ver comentários
Publicidade
C•Studio