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UGT: “Só com estas cedências não há possibilidade de acordo”

Sérgio Monte convida o Governo a reformular o anteprojeto de alterações à lei laboral. O secretário-geral adjunto da UGT garante que já foi apresentada uma proposta para a majoração de férias, diz que a ministra do Trabalho "não dá respostas concretas" e que as cedências "são residuais".

Banco de horas individual, não reintegração ou outsourcing são 'de muito difícil aceitação'.
Banco de horas individual, não reintegração ou outsourcing são "de muito difícil aceitação". Bruno Colaço
16:39

Desvalorizando as "cedências residuais" da ministra do Trabalho, a UGT convida Rosário Palma Ramalho a reformular o anteprojeto de alterações ao Código do Trabalho.

“Lendo a entrevista da senhora ministra chegámos à conclusão que ela já tem propostas de todos os parceiros sociais. Só o Governo está em condições de compilar as propostas e de poder reformular o anteprojeto”, diz Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, em declarações ao Negócios.

Contrariando a ideia deixada pela ministra, que pelo Negócios diz que admite estudar alterações aos dias mínimos de férias no privado, para os 25 dias, se a proposta “for entretanto apresentada por alguns dos parceiros sociais", Sérgio Monte diz que a UGT já propôs o aumento em três dias através da reposição da majoração para trabalhadores assíduos.

A UGT considera que a possibilidade de integração da jornada contínua no Código do Trabalho “interessa até por duas coisas: em termos de parentalidade e em termos de conciliação da vida pessoal e familiar”. “Mas temos de ver quais são os termos”, que foram remetidos para as negociações.

“Também nós preferíamos um acordo, era sinal de que teria havido cedências de parte a parte mas depende da dimensão das propostas”. Só que, para o dirigente sindical, Rosário Palma Ramalho “não dá respostas concretas e em relação às cedências a própria ministra reconhece que são na parentalidade e mesmo assim são residuais”.

Sérgio Monte recorda que a UGT tem sublinhado junto do Governo que há matérias “de muito difícil aceitação” como o banco de horas por negociação individual, o  fim da proibição de outsourcing depois de despedimentos – “que é despedir trabalhadores mais antigos e mais caros por trabalhadores mais novos e mais baratos” – ou a generalização da não integração em caso de despedimento ilícito que o dirigente sindical considera que "atenta contra o princípio da segurança no emprego”.

Só com estas cedências não há possibilidade de acordo”, conclui.

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