Instituto revê em baixa crescimento alemão

O IFO, um dos principais institutos alemães de análise económica, espera agora que a economia alemã cresça 1,8% este ano, em vez dos 2,6% que previa na Primavera. Importações e exportações também deverão travar.
Bosch merkel
Ricardo Castelo
Catarina Almeida Pereira 19 de Junho de 2018 às 09:22

É uma relevante revisão em baixa: o IFO, um dos principais institutos alemães de análise económica, espera agora que a maior economia do euro cresça este ano 1,8%, travando face ao ano anterior. A nova projecção substitui a que foi divulgada na Primavera, que apontava para um crescimento mais dinâmico, de 2,6%.

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"Há nuvens negras de tempestade a formar-se sobre a economia alemã", afirma o economista responsável pelas previsões, Timo Wollmershäuser, citado na nota divulgada pelo instituto.

No ano passado a economia alemã cresceu 2,2%, pelo que as previsões implicam um abrandamento do ritmo de crescimento. Para o próximo ano a previsão é agora também de 1,8%, em vez dos 2,1% projectados no final do ano passado.

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"A economia desenvolveu-se de forma mais pobre do que o antecipado nos primeiros meses de 2018. O índice de clima económico caiu e os riscos económicos mundiais aumentaram significativamente", justifica o economista, antes de se referir às nuvens negras sobre a economia alemã.

"Ainda assim, acreditamos que a retoma na Alemanha vai continuar, mas não ao mesmo ritmo do que em 2017", conclui o responsável pelas previsões, citado na nota à imprensa do Instituto.

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Os dados apontam para um crescimento de 3% tanto das importações como das exportações, a um ritmo mais lento do que no ano passado, altura em que avançaram 5,2% e 4,6%, respectivamente.

Mesmo neste contexto, o desemprego deverá continuar a cair de 2,5 milhões para 2,3 milhões de pessoas este ano, e 2,2 milhões no próximo, altura em que o IFO prevê que a taxa de desemprego fique abaixo baixo dos 5%.

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Já na sexta-feira o banco central alemão tinha revisto as previsões em baixa, sustentando que as trocas comerciais (ameaçadas por uma guerra de tarifas) e a situação política (de crise interna) tornam o ritmo de crescimento mais incerto.

O Bundesbank espera agora um crescimento de 2% este ano, bastante abaixo dos 2,5% que esperava em Dezembro.

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Notícia actualizada às 9h55 com mais informação.

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