Governo alemão aprova reforço da missão militar na Síria

O Executivo alemão deu luz verde ao reforço militar contra o Estado Islâmico na Síria. Em causa está o envio de 1.200 homens, aviões de reconhecimento e uma fragata. O Reino Unido vota quarta-feira acção militar contra o EI.
Merkel Hollande
Reuters
David Santiago 01 de Dezembro de 2015 às 12:20

O Governo germânico aprovou esta terça-feira, 1 de Dezembro, o alargamento da acção militar na Síria, faltando agora a aprovação final na câmara baixa do Parlamento germânico, cuja votação deverá ter lugar na próxima sexta-feira. A proposta apresentada pelo Executivo de coligação liderado pela chanceler alemã, Angela Merkel, prevê um custo de 134 milhões de euros até ao final de 2016.

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O plano contempla o envio de 1.200 militares para a missão síria – recursos humanos que não irão combater no terreno as forças jihadistas na Síria –, aviões militares de reconhecimento territorial, e ainda uma fragata que se juntará aos meios franceses, entre os quais o porta-aviões Charles de Gaulle, já mobilizados para a região.

 

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Berlim pretende assim responder afirmativamente ao apelo feito pelo Presidente francês, François Hollande, na sequência dos ataques terroristas coordenados do dia 13 de Novembro, em Paris. Depois de declarar que "a França está em guerra", Hollande, além de pugnar por uma "ampla coligação" para combater o EI (Estado Islâmico), invocou o ponto sétimo do artigo 47 do Tratado de Lisboa relativo à ajuda mútua no caso de um Estado-membro da União Europeia "ser alvo de agressão armada". Prontamente aprovado, por unanimidade, pelos 28 Estados-membros da União Europeia.

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Na semana passada, a Alemanha já aprovara o envio de 650 mil homens para o Mali, onde deverão juntar-se aos cerca de 1.500 militares já mobilizados pelo exército francês para aquele país africano.

 

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Ainda antes do encontro do elenco governamental desta manhã, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, citado pela BBC, afirmou que "estamos a fazer aquilo que é militarmente necessário, aquilo que podemos fazer melhor e aquilo a que podemos assegurar apoio político. Contra um adversário como o EI, precisamos de muita resiliência".

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Entretanto, aproxima-se também uma data importante no Reino Unido. Na próxima quarta-feira, o Parlamento britânico – mais concretamente a Câmara dos Comuns – vai votar o plano apresentado pelo primeiro-ministro, David Cameron, com vista à entrada em cena do Reino Unido na Síria.

 

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Cameron pretende que Londres passe a incluir a coligação internacional que há mais de um ano bombardeia as posições detidas pelo EI na Síria. O Reino Unido já participa nas ofensivas aéreas contra o EI no Iraque.

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O primeiro-ministro britânico, que este ano venceu as legislativas com uma inesperada maioria absoluta, pretende evitar o sucedido em 2013, quando o Parlamento rejeitou o plano de intervenção apresentado por Cameron sobre a participação britânica nos ataques aéreos ao EI na Síria. Desta feita, porém, segundo sublinha o The Guardian, o Governo britânico está convicto de que o plano de Cameron merecerá a aprovação da Câmara dos Comuns.

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