PIB do Reino Unido sobe 0,3% no segundo trimestre

A economia britânica abrandou menos do que o esperado, o que alivia a pressão sobre a chanceler do Tesouro britânica, Rachel Reeves.
PIB do Reino Unido sobe; alívio para a chanceler Rachel Reeves
Andy Rain / Lusa - EPA
Rui da Rocha Ferreira 14 de Agosto de 2025 às 08:34

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,3% entre abril e junho, quando comparado o primeiro trimestre. O valor é superior à estimativa de 0,1% feita pelo Banco de Inglaterra.

A economia mostrou assim um comportamento mais robusto do que o esperado e naquele que se previa que fosse um trimestre difícil: foi o período no qual se fez sentir o aumento fiscal sobre salários após uma decisão da chanceler britânica do Tesouro, Rachel Reeves, pela subida dos preços da energia e também já por alguns efeitos das tarifas impostas pelos EUA.

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O crescimento do PIB britânico tinha sido de 0,7% nos primeiros três meses do ano, o que significa que houve um abrandamento no crescimento. No entanto, importa sublinhar que o forte crescimento registado no arranque de 2025 foi "inflacionado" pelas movimentações de várias empresas que decidiram enviar produtos em massa para os EUA para antecipar a entrada em vigor das chamadas "tarifas recríprocas" americanas (e que no caso do Reino Unido foram fixadas em 10%).

O Gabinete Nacional de Estatísticas do Reino Unido revela que o PIB baixou 0,1% em maio, mas foi compensado por uma subida de 0,4% em junho, graças ao crescimento na área dos serviços, indútria e construção.

"Com os custos empresariais a aumentarem, o mercado de trabalho a arrefecer, as intenções de investimento a enfraquecerem e a confiança, em geral, em baixa, o Reino Unido caminha numa linha ténue entre a resiliência e a estagnação", comentou Ben Jones, da Confederação Industrial do Reino Unido, citado pela , a propósito dos resultados económicos.

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Em julho, o Fundo Monetário Internacional estimou que a economia britânica deverá crescer 1,2% em 2025 e 1,4% em 2026, o que coloca o país a evoluir acima dos países da Zona Euro, mas abaixo dos EUA e Canadá.

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