UE aponta baterias às "Big Tech" americanas em resposta a tarifas
No início da semana, a União Europeia já tinha garantido que "retaliará fortemente", caso os EUA avancem com tarifas aos produtos europeus. Agora, há mais detalhes: a resposta do bloco deverá incidir sobre as grandes tecnológicas americanas.
É o que avança esta manhã o Financial Times, citando dois dirigentes conhecedores do plano, que indicam que a Comissão Europeia está a avaliar o uso de um "instrumento anti-coerção" que permitiria apontar baterias ao setor dos serviços norte-americano, incluindo as chamadas "Big Tech".
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Uma das fontes do FT disse mesmo que "todas as opções estão em cima da mesa", com este instrumento, desenhado ainda durante o primeiro mandato de Trump, a representar a resposta mais dura possível, sem violar a lei internacional. O instrumento permite à UE impor restrições ao comércio de serviços em situações em que um país use as tarifas sobre bens para forçar mudanças de política - a ameaça do uso de tarifas para obrigar a Dinamarca a ceder a Gronelândia, por exemplo, encaixaria neste cenário.
Outra fonte alertou, no entanto, que ainda que a UE consiga evitar com eficácia as tarifas sobre bens, poderia arriscar expandir a disputa a outras áreas, como a dos serviços e direitos de propriedade intelectual.
Na semana passada, Trump indicou que pretende aplicar tarifas ao bloco europeu, mas ao contrário do que fez com outros países, não indicou valores ou datas.
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