Só há uma conta russa congelada em Portugal com 240 euros
Há em Portugal pouco mais de 200 euros alvo de congelamento no seguimento das sanções à Rússia. Num grupo de oligarcas superior a sete centenas de sancionados, entre pessoas e empresas, foi apenas encontrada - e congelada - uma conta bancária registada no país na qual estão aplicados 242 euros, segundo apurou o Negócios.
O Banco de Portugal já tinha avançado que os bancos portugueses têm um número "muito reduzido" de ativos financeiros detidos por oligarcas russos que sejam alvo de sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia. O Negócios sabe que é apenas uma conta e que foi de forma automática congelada.
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Logo no dia seguinte à invasão da Rússia à Ucrânia, a União Europeia e EUA avançaram com sanções económicas e financeiras ao regime de Vladimir Putin. As medidas incluem a proibição qualquer forma de empréstimo e compra de ativos emitidos por certos bancos russos e pelo governo (incluindo o banco central), o total congelamento de ativos e financiamento a alguns bancos russos e o congelamento de ativos de elite russa.
Em Portugal, a informação é comunicada ao Banco de Portugal pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Não é necessária ação do supervisor, sendo as medidas de aplicação direta por parte das instituições financeiras. O BdP aprofundou a comunicação com os bancos para abrir uma linha aberta em que transmite as atualizações que vão sendo feitas à lista de sanções.
Do total de entidades, houve 16 respostas, mas apenas uma positiva. No que diz respeito aos ativos financeiros geridos pelo Banco de Portugal para fins de política monetária não há qualquer ligação à Rússia.
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Também a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou esta sexta-feira a conclusão de uma avaliação do nível de exposição direta dos fundos de investimento e ativos sob gestão aos países envolvidos no conflito na Europa e concluiu que esta é "pouco relevante". Ainda assim, o regulador recomenda prudência aos investidores.
A exposição do sistema financeiro português à Rússia passa, noutro sentido, pela estrutura acionista de um dos bancos portugueses. O Finantia tem o grupo russo VTB - o segundo maior banco russo - como acionista, sendo que este já era alvo de sanções desde 2014, aquando da anexação da Crimeia pela Rússia.
(Notícia atualizada)
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