Conversações entre Putin e EUA foram "produtivas" mas "não há acordo", dizem russos

O encontro entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e os enviados especiais norte-americanos, Steve Witkoff e Jared Kushner, sobre o plano de paz proposto pelos EUA para o conflito ucraniano, acabou ao fim de cinco horas.
Putin reuniu-se com EUA sobre proposta de acordo
Alexander Kazakov / Associated Press
Pedro Barros Costa 22:02

Ao fim de quase cinco horas de reunião, terminou o encontro entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e os enviados especiais norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, sobre o plano de paz proposto pelos EUA para o conflito ucraniano.   

Não se conhecem detalhes das discussões, embora o enviado do Kremlin, Kirill Dmitriev, que participou na reunião, tenha dito que as conversações foram produtivas, numa publicação na rede social X. 

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Contudo, há muito trabalho ainda por fazer, considerou um dos principais conselheiros de Putin, Yuri Ushakov, adiantando que "não foi alcançado qualquer acordo" sobre os territórios ocupados na Ucrânia.

"Ainda não foi escolhida nenhuma solução de compromisso [sobre os territórios], mas algumas propostas americanas podem ser discutidas", adiantou Ushakov, em declarações aos jornalistas.

A reunião entre Putin e o enviado especial dos EUA para a Ucrânia e o genro de Trump deu seguimento aos esforços recentes para alcançar a paz em território ucraniano, conflito que se arrasta há quase quatro anos. Ambas as partes comprometeram-se em não revelar detalhes das conversações.

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Antes, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, encontrou-se com responsáveis ucranianos na Florida, reunião que o responsável máximo pela diplomacia norte-americana encarou de forma cautelosamente otimista, apesar de uma grande parte do plano de 28 pontos ser considerado inaceitável pelos ucranianos, sobretudo na parte da cedência de território.                          

, acusando a Europa de estar a sabotar as tentativas dos EUA de terminar com a guerra. "Eles não têm uma agenda para a paz, estão do lado da guerra", acusou.  

“Não vamos lutar com a Europa, já disse isso cem vezes. Mas se a Europa quiser lutar connosco, estamos prontos para fazê-lo agora mesmo”, referiu, considerando as exigências europeias “inaceitáveis”.

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Notícia atualizada pela última vez às 22:58 com mais informação sobre a reunião

*Com agências

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