Trump admite também chamar Zelensky a encontro no Alasca
A Casa Branca está a considerar convidar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para o encontro que terá lugar no Alasca, onde o Presidente Donald Trump se irá encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin, na próxima semana. A informação é avançada pela CNBS citando um alto funcionário dos EUA e três pessoas próximas das discussões internas que estão a ser levadas a cabo nos EUA.
"Está a ser discutido", disse à CNBS uma das fontes que está a par das negociações. Já o alto funcionário reconheceu que é "absolutamente" possível a presença do chefe de Estado ucraniano, adiantando até que "todos esperam muito que isso aconteça".
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Questionado sobre se os EUA tinham convidado oficialmente Zelensky para o Alasca, o mesmo alto funcionário da Casa Branca terá respondido à cadeia televisiva que "O Presidente [Trump] continua aberto a uma cimeira trilateral com ambos os líderes". "Neste momento, a Casa Branca está a concentrar-se no planeamento da reunião bilateral solicitada pelo Presidente Putin", adiantou apenas.
Donald Trump anunciou na sexta-feira passada que se irá encontrar com Vladimir Putin a 15 de agosto no Alasca, enquanto tenta garantir um cessar-fogo na Ucrânia.
Entretanto, o Wall Street Journal avançou que Putin terá aceitado um cessar-fogo em troca dos territórios do leste da Ucrânia, o que motivou uma reação de um conjunto de países europeus, encabeçados pelo presidente francês Emmanuel Macron.
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Macron, citado pela Lusa, defendeu no sábado, após um telefonema com o homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que o conflito com a Rússia não pode ser decidido sem os ucranianos, aludindo à cimeira dos líderes norte-americano e russo.
"O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há três anos. Os europeus também são necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso", afirmou na rede social X o Presidente francês, que também manteve contactos os chefes de Governo da Alemanha, Friedrich Merz, e do Reino Unido, Keir Starmer.
Macron reiterou que a Europa deve "trabalhar num espírito de unidade, dando continuidade aos esforços lançados no âmbito da 'coligação dos dispostos'", que lançou há alguns meses para preparar o acompanhamento de um eventual acordo de paz. "Continuarei a coordenar-me estreitamente com o Presidente Zelensky e os nossos parceiros europeus", disse ainda o líder francês.
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Certo é que Zelensky já sinalizou que não cederá território para pôr fim à guerra, tendo também agradecido o posicionamento de França, Alemanha e Reino Unido após ter sido tornado público o encontro entre Trump e Putin.
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