Trump chama "louco" a Putin e admite mais sanções à Rússia por novos ataques na Ucrânia
O presidente norte-americano, Donald Trump, chamou esta segunda-feira "louco" ao homólogo russo, Vladimir Putin, e admitiu a possibilidade de avançar com novas sanções económicas à Rússia. A ameaça surge na sequência de uma nova vaga de ataques russos em larga escala na Ucrânia durante a madrugada de domingo, que provocou, pelo menos, uma dezena de mortes.
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A Rússia terá disparado 298 mísseis e 69 drones contra várias cidades ucranianas, pela terceira noite de investida. Este é o maior ataque aéreo numa única noite desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022. As autoridades ucranianas avançam que os ataques resultaram na morte de, pelo menos, 12 pessoas, incluindo três crianças que foram atingidas na região de Zhytomyr, no norte do país.
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Em reação aos ataques russos, Donald Trump condenou as investidas de Vladimir Putin. "Não sei o que raio aconteceu a Putin. Conheço-o há muito tempo. Sempre me dei bem com ele. Mas ele está a lançar rockets contra cidades e a matar pessoas, e isso não me agrada nada. Estamos a meio de uma conversação e ele está a disparar rockets contra Kiev e outras cidades", referiu aos jornalistas, pouco antes de embarcar no seu avião para regressar à Casa Branca, vindo do seu clube de golfe em Nova Jérsia.
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Questionado sobre a possibilidade de os Estados Unidos avançarem com novas sanções à Rússia, o líder norte-americano garantiu: "Sem dúvida alguma. Não estou satisfeito com o que Putin está a fazer. Está a matar muitas pessoas", disse. Donald Trump tem ameaçado repetidamente avançar com novas sanções à Rússia, mas ainda não decretou quaisquer restrições.
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Numa mensagem publicada na rede social Truth durante a viagem, Donald Trump escreveu: "Sempre tive muito boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, mas algo aconteceu com ele. Ficou completamente LOUCO! Sempre disse que ele quer TODA a Ucrânia, não apenas parte dela, e talvez isso esteja a revelar-se verdade, mas, se ele o fizer, isso levará à queda da Rússia!".
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O presidente norte-americano criticou ainda o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por "não fazer nenhum favor ao seu país ao falar da forma como fala". "Tudo o que sai da sua boca cria problemas. Não gosto disso e é melhor que pare", escreveu. O comentário surge depois de Volodymyr Zelensky ter pedido aos Estados Unidos para pressionarem mais a Rússia, dizendo que "o silêncio dos Estados Unidos e de outros países apenas encoraja Putin".
Apesar de o ataque russo ter sido o maior desde a invasão, não foi dos mais mortíferos graças ao sistema de defesa antimísseis da Ucrânia. Dos 298 drones e 69 mísseis lançados pela Rússia, as forças ucranianas conseguiram abater 266 drones e 45 mísseis. Na capital da Ucrânia (Kiev), 11 pessoas ficaram feridas. Os danos estendem-se a várias cidades, incluindo Kharkiv (no norte da Ucrânia), Mykolaiv (no sul) e Ternopil (a oeste).
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