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Trump vê Rússia em vantagem na guerra e deixa críticas a líderes europeus "fracos"

O Presidente dos EUA acredita que o poderio militar da Rússia vai prevalecer apesar dos esforços "corajosos" das forças ucranianas. Trump deixou várias críticas à Europa, seja pela falta de resultados na Ucrânia ou na adoção de políticas erráticas de imigração.

O líder norte-americano afirma que a Rússia está a ganhar a guerra, apesar da resistência ucraniana.
O líder norte-americano afirma que a Rússia está a ganhar a guerra, apesar da resistência ucraniana. Alex Brandon / Associated Press
13:54

Numa altura em que as negociações para alcançar a paz na Ucrânia avançam de forma tímida e com poucos compromissos, o Presidente dos EUA, Donald Trump, acredita que a Rússia está em vantagem na guerra - "sempre esteve" - e o poderio militar do país deverá ter um reflexo num possível acordo celebrado entre as duas partes. Em entrevista ao jornal Politico, o republicano deixa várias críticas à forma como os políticos europeus conduziram as conversações entre Kiev e Moscovo, que, diz, "". 

"A Rússia está em vantagem. E sempre esteve. É muito maior e mais forte nesse sentido [em termos militares]. Dou um enorme crédito ao povo e às forças armadas da Ucrânia pela coragem e pela luta. Mas, no fim, o tamanho vai prevalecer – e esta é uma grande diferença de tamanhos", afirma o Presidente norte-americano, que insta Volodymyr Zelensky, líder ucraniano, a começar a aceitar algumas cedências - até porque "está a perder" a guerra. 

"Eles [ucranianos] perderam território muito antes de eu chegar aqui [à presidência dos EUA]. Perderam toda uma faixa costeira, uma grande faixa costeira. Perderam muito território e foi um território muito bom que perderam. Certamente não se pode dizer que foi uma vitória", disse ainda em entrevista ao jornal norte-americano, referindo-se aos avanços das forças russas em zonas como Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. 

Apesar de Donald Trump acreditar que a Rússia tem a clara vantagem nesta guerra, as forças de Moscovo têm tido dificuldade em alcançar todos os objetivos propostos por Vladimir Putin. Uma guerra que era suposto terminar em dias está prestes a entrar no seu quarto ano e o Kremlin ainda não conseguiu assegurar a totalidade da zona do Donbas - composta essencialmente por Donetsk e Luhansk e que é bastante rica em recursos minerais. 

Nas últimas semanas, os EUA têm intensificado os esforços de mediação para conseguir encontrar uma solução para o conflito. Washington apresentou uma proposta de 28 pontos à Rússia e à Ucrânia que implicava a cedência de territórios por parte de Kiev e uma série de outras medidas que tanto Zelensky como vários líderes europeus consideraram inadmissíveis. No entanto, a (com desenvolvimentos limitados) e Donald Trump afirma que, ainda na segunda-feira, apresentou um novo rascunho aos oficiais ucranianos. 

Zelensky ainda não terá tido oportunidade de consultar a proposta, de acordo com o Presidente norte-americano, mas ainda esta semana Zelensky revelou que as . Aqui, Trump é perentório: "Ele [o Presidente da Ucrânia] vai ter que se mexer e começar a aceitar alguma coisa, até porque está a perder". 

"Líderes fracos" numa "Europa que não sabe o que fazer"

Na mesma entrevista, o Presidente norte-americano não poupou os líderes europeus de críticas. Com uma linguagem inflamatória, Donald Trump acusou-os de serem "fracos" e de estarem demasiado preocupados em ser "politicamente corretos". "Eu acho que eles não sabem o que estão a fazer. A Europa não sabe o que está a fazer", afirma.

Além da falta de progressos nas negociações para a paz na Ucrânia, o líder da maior economia do mundo aponta o dedo ao que diz serem políticas erráticas de imigração no bloco de 27 países, que ameaçam a existência das fronteiras atuais. Trump afirma mesmo que cidades como Londres e Paris vão ficar demasiado pressionadas pelo peso da imigração do Médio Oriente e África e compromete-se ainda a apoiar candidatos que reflitam as suas posições em várias eleições europeias.

O Presidente dos EUA não tira de fora da mesa novas ações militares na América Latina, depois de ter enviado tropas para as Caraíbas, de forma a . As intervenções podem chegar ainda ao México e a Colômbia e Trump não exclui ordenar a entrada de tropas na Venezuela. 

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