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Ucrânia terá aceitado acordo de paz proposto pelos EUA com detalhes "por definir"

A Rússia ainda não reagiu ao anúncio. A ABC News avança que a nova proposta deixa cair as limitações ao tamanho do exército ucraniano e deixa de conceder amnistia aos crimes praticados durante a guerra.

Aperto de mão entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky
Aperto de mão entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky Julia Demaree Nikhinson / AP
12:52

A Ucrânia terá aceitado o plano de paz proposto pelos EUA para acabar com o conflito que assola a Europa há quase quatro anos, de acordo com uma fonte governamental norte-americana citada pelos meios de comunicação CBS e ABC News. Há ainda uma série de detalhes por discutir, mas as autoridades ucranianas já aceitaram o enquadramento geral da proposta, embora ainda não exista nenhuma reação por parte da Rússia. 

A ABC News avança que o plano proposto por Washington, que inicialmente tinha 28 pontos, foi reduzido a apenas 19, deixando de incluir limitações ao tamanho do exército ucraniano e uma amnistia em relação a atos cometidos durante o período de guerra. , a capital dos Emirados Árabes Unidos, para discutir um potencial cessar-fogo, na sequência do encontro entre Kiev e Washington em Genebra no fim de semana. 

Numa publicação nas redes sociais, o secretário da Segurança Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, demonstrou disponibilidade para organizar uma visita de Volodymyr Zelensky a Washington para finalizar os detalhes em falta com Donald Trump - algo que pode vir a acontecer mesmo antes do fim de novembro. 

Na segunda-feira, o secretário norte-americano do Exército, Dan Driscoll, encontrou-se com a delegação russa e as conversações estenderam-se para esta terça-feira. Uma fonte governamental contou à CBS News que Driscoll está "otimista" em relação às negociações com os representantes de Moscovo, embora ainda não exista uma reação oficial. "Isto está a movimentar-se depressa", afirmou. 

Numa conferência de imprensa dada esta manhã, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, disse que a Rússia não vai revelar qualquer informação antes das três partes chegarem formalmente a um acordo, esperando que "os EUA informem [Moscovo] dos resultados das negociações com a Ucrânia e com a Europa no curto prazo". 

Na semana passada, os EUA apresentaram um plano de 28 pontos à Ucrânia, como ponto de partida para um cessar-fogo e início de um potencial processo de paz do país com a Rússia. Mas assim que o plano foi conhecido, as reações negativas não demoraram a surgir – tanto do lado de Kiev, como do lado dos países europeus, uma vez que a proposta incluía a cedência de território, a redução do exército e renúncia à adesão à NATO por parte da Ucrânia. E sem que o país tivesse sido diretamente consultado para a elaboração deste mesmo plano.

As negociações para a paz entre a Rússia e a Ucrânia têm conhecido vários avanços e recuos, mas esta é a primeira vez que os norte-americanos chegam a um acordo com Kiev. Acabar com o conflito na Europa foi uma das grandes promessas eleitorais de Donald Trump, que já admitiu por várias vezes ficar "frustrado" com os líderes dos dois países. Recentemente, os EUA avançaram com sanções às duas maiores petrolíferas russas, que entraram em vigor na sexta-feira, numa tentativa de cortar as fontes de financiamento russas para a guerra. 

(Notícia atualizada às 13h26)

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