Diretor de Economia do Banco de Espanha demite-se depois de controvérsia com relatório anual
O diretor de Economia do Banco de Espanha, Ángel Gavilán, demitiu-se inesperadamente, de acordo com fontes da instituição citadas pelo elEconomista. A decisão tomada irá materializar-se no próximo dia 12 de junho e ocorre horas depois da publicação do Relatório Anual de 2024 do banco central do país.
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Gavilán terá decidido ir "em busca de novos desafios profissionais". Ainda assim, o jornal espanhol refere que a verdadeira causa por detrás da decisão se deve ao facto de o relatório anual do banco ter sido "particularmente pouco beligerante com o Governo, em comparação com o que é habitual neste tipo de documentos".
Em concreto, o relatório, que é o primeiro desenvolvido sob a direção do governador José Luis Escrivá, antigo ministro da Segurança Social do governo do socialista Pedro Sánchez, terá deixado de fora avisos sobre os desafios económicos, o futuro da sustentabilidade das pensões e ignorado efeitos da reforma levada a cabo por Escrivá durante o seu tempo como ministro.
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Fontes internas da instituição de supervisão já tinham comunicado o seu descontentamento pelo facto de a influência de Gavilán no relatório - considerado como o mais importante publicado pelo Banco de Espanha - ter diminuído desde a chegada de Escrivá, em 2024, vindo diretamente da pasta da Transição Digital do atual governo.
O relatório não incluía, segundo o elEconomista, a sustentabilidade das pensões entre os principais desafios da economia do país ibérico.
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Gavilán deixará o cargo dentro de algumas semanas, quando forem apresentadas as projeções trimestrais. Esta é a quinta demissão de um alto funcionário do Banco de Espanha desde que Escrivá assumiu a direção da organização.
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