Schäuble "irritado" com ministro alemão que defendeu mais dinheiro para Grécia e UE
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, criticou de forma veemente o seu colega de governo por este ter defendido publicamente que a Alemanha deveria aumentar o apoio financeiro à Grécia e à União Europeia como um todo.
PUB
Sigmar Gabriel, que é ministro dos Negócios Estrangeiros e faz parte do SPD, esteve em Atenas e na rede social Twitter defendeu que a Alemanha deveria dar uma maior contribuição à Europa: "No próximo debate sobre as finanças europeias poderíamos fazer algo ‘ultrajante’ – nomeadamente sinalizar uma disposição para pagar mais".
PUB
Alem desta mensagem deixada no Twitter, Gabriel defendeu durante a visita à Grécia que o país deveria receber mais apoios financeiros por parte dos países europeus.
PUB
Schäuble não gostou destas declarações e deixou isso bem claro e em entrevista à rádio Deutschlandfunk, afirmando que as palavras do seu colega de Governo "vão complemente na direcção errada".
PUB
"Fiquei irritado que Sigmar Gabriel tenha, na Grécia, deixado aos gregos uma mensagem que não os ajuda e, pelo contrário, torna mais difícil a tomada de decisões correctas", acrescentou.
PUB
Estas declarações do ministro alemão surgem numa altura em que se agrava a crise na Grécia devido ao impasse nas negociações com os credores, que já gerou uma nova corrida aos bancos.
PUB
Os ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) voltaram a pedir mais esforços ao governo grego, depois de terem renovado a conclusão de que persiste uma distância ainda significativa entre o que prometido e o efectivamente implementado pelo governo de Alexis Tsipras a troco do terceiro resgate internacional, negociado no Verão de 2015.
Na entrevista à rádio alemã, Schäuble defendeu que dar mais dinheiro à União Europeia não resolve o problema e dá aos países um incentivo errado. Quanto à Grécia, diz que não necessita de mais dinheiro, mas sim de o gastar de forma correcta.
PUB
Avisou também que a Grécia só poderá permanecer na Zona Euro se tiver uma economia competitiva e para tal tem que implementar reformas estruturais. "Se o tempo não for usado para avançar com as reformas porque tal é inconfortável, então estão no caminho errado", acrescentou.
PUB
Wir könnten bei der nächsten Debatte über Europas Finanzen ja mal etwas „Unerhörtes" tun: nämlich Bereitschaft signalisieren, mehr zu zahlen pic.twitter.com/VUnbhgqNvz
Außenminister #Gabriel: "Deutschland steht an der Seite Griechenlands. Respekt vor Leistung der griechischen Politik und Bevölkerung." pic.twitter.com/daHWvNZ3AZ
PUB
Adam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda