Schäuble "irritado" com ministro alemão que defendeu mais dinheiro para Grécia e UE  

Sigmar Gabriel defendeu que a Alemanha deveria aumentar o apoio financeiro e outros países da União Europeia. O ministro das Finanças não gostou.
Nuno Carregueiro 24 de Março de 2017 às 10:58

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, criticou de forma veemente o seu colega de governo por este ter defendido publicamente que a Alemanha deveria aumentar o apoio financeiro à Grécia e à União Europeia como um todo.

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Sigmar Gabriel, que é ministro dos Negócios Estrangeiros e faz parte do SPD, esteve em Atenas e na rede social Twitter defendeu que a Alemanha deveria dar uma maior contribuição à Europa: "No próximo debate sobre as finanças europeias poderíamos fazer algo ‘ultrajante’ – nomeadamente sinalizar uma disposição para pagar mais".

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Alem desta mensagem deixada no Twitter, Gabriel defendeu durante a visita à Grécia que o país deveria receber mais apoios financeiros por parte dos países europeus.

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Schäuble não gostou destas declarações e deixou isso bem claro e em entrevista à rádio Deutschlandfunk, afirmando que as palavras do seu colega de Governo "vão complemente na direcção errada".

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"Fiquei irritado que Sigmar Gabriel tenha, na Grécia, deixado aos gregos uma mensagem que não os ajuda e, pelo contrário, torna mais difícil a tomada de decisões correctas", acrescentou.  

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Estas declarações do ministro alemão surgem numa altura em que se agrava a crise na Grécia devido ao impasse nas negociações com os credores, que já gerou uma nova corrida aos bancos.

 

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Os ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) voltaram a pedir mais esforços ao governo grego, depois de terem renovado a conclusão de que persiste uma distância ainda significativa entre o que prometido e o efectivamente implementado pelo governo de Alexis Tsipras a troco do terceiro resgate internacional, negociado no Verão de 2015.

 

Na entrevista à rádio alemã, Schäuble defendeu que dar mais dinheiro à União Europeia não resolve o problema e dá aos países um incentivo errado. Quanto à Grécia, diz que não necessita de mais dinheiro, mas sim de o gastar de forma correcta.

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Avisou também que a Grécia só poderá permanecer na Zona Euro se tiver uma economia competitiva e para tal tem que implementar reformas estruturais. "Se o tempo não for usado para avançar com as reformas porque tal é inconfortável, então estão no caminho errado", acrescentou. 

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Wir könnten bei der nächsten Debatte über Europas Finanzen ja mal etwas „Unerhörtes" tun: nämlich Bereitschaft signalisieren, mehr zu zahlen pic.twitter.com/VUnbhgqNvz

Außenminister #Gabriel: "Deutschland steht an der Seite Griechenlands. Respekt vor Leistung der griechischen Politik und Bevölkerung." pic.twitter.com/daHWvNZ3AZ

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