A notícia, avançada pelos meios de comunicação gregos, surge após a também eurodeputada - eleita pelo PASOK (partido social-democrata grego) - ter sido detida no âmbito de uma investigação relacionada com suspeitas de pagamentos "substanciais" de um país do Golfo para influenciar as decisões dos deputados europeus.

Apesar de o Ministério Público Federal não ter fornecido detalhes ao anunciar a prisão, fonte judicial confirmou à France-Presse que o país em causa é o Qatar.

A detenção de Eva Kaili - e de outras quatro pessoas - ocorreu durante o fim-de-semana na Bélgica. Segundo a France-Presse, as autoridades revistaram mais de 16 casas, sobretudo de assessores parlamentares do Parlamento Europeu, e confiscaram cerca de 600 mil euros em Bruxelas, tendo Kaili sido apanhada "em flagrante delito".  Tanto o Parlamento Europeu como o seu partido anunciaram de imediato a sua suspensão.

A detenção gerou indignação entre os membros do Parlamento Europeu, com a presidente do grupo, Roberta Metsola, a garantir, numa publicação no Twitter, que o bloco é  fundamentalmente contra a corrupção e que irá cooperar "totalmente" com as autoridades.

Our @Europarl_EN stands firmly against corruption.

At this stage, we cannot comment on any ongoing investigations except to confirm that we have & will cooperate fully with all relevant law enforcement & judicial authorities.

We'll do all we can to assist the course of justice.