pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Macron dá 48 horas a Lecornu para negociações de última hora com partidos políticos

A decisão de dar ao primeiro-ministro demissionário mais uma oportunidade de encontrar uma saída para o impasse político dá ao Presidente de França mais tempo para decidir os seus próximos passos, que poderão ter de passar pela realização de novas eleições legislativas.

Macron (à esquerda) e Lecornu (à direita)
Macron (à esquerda) e Lecornu (à direita) Ludovic Marin/Pool via AP
18:54

Depois de França ter mergulhado numa nova crise política, o Presidente gaulês, Emmanuel Macron, decidiu dar 48 horas ao primeiro-ministro demissionário Sébastien Lecornu, para negociar com os diferentes partidos políticos franceses, a fim de impedir que o momento difícil que a segunda maior economia da Zona Euro atravessa se agrave ainda mais.

Com efeito, Macron pediu a Lecornu “a responsabilidade de conduzir as negociações finais até quarta-feira à noite, a fim de definir uma plataforma de ação e estabilidade para o país”, de acordo com um comunicado do gabinete do Presidente francês.

A decisão de dar ao antigo ministro da Defesa mais uma oportunidade de encontrar uma saída para o impasse político francês dá a Macron mais tempo para decidir os seus próximos passos, que poderão passar pela realização de novas eleições legislativas, solução que os partidos da oposição estão a exigir.

Nesta linha, Lecornu escreveu numa publicação nas redes sociais que, “a pedido do Presidente da República, [concordou] em realizar discussões finais com as forças políticas em prol da estabilidade do país”. E acrescentou: “na quarta-feira à noite [8 de outubro], informarei o Chefe de Estado se isso é possível ou não, para que ele possa tirar todas as conclusões necessárias”.

Lecornu demitiu-se inesperadamente nesta segunda-feira, depois de apenas 27 dias no cargo, tendo culpado a intransigência dos grupos políticos representados no parlamento do país pelo fracasso em chegar a um acordo sobre a composição do seu novo Governo, que foi revelado no domingo à noite.

O impasse frustrou as tentativas de controlar o maior défice orçamental da Zona Euro, alimentando a venda de ativos franceses e os custos de financiamento do país em relação aos seus pares.

Os sucessivos Executivos do país têm lutado para se manter no poder desde que a aposta mal-sucedida de Macron nas eleições antecipadas do ano passado prejudicou ainda mais o seu próprio grupo centrista, além de ter dividido de forma profunda a Assembleia Nacional em blocos que parecem não se conseguir entender. Os legisladores da Câmara dos Deputados forçaram a demissão dos dois primeiros-ministros anteriores — Michel Barnier e François Bayrou — por causa dos seus planos orçamentais.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio