O ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo, apresentou esta sexta-feira a sua candidatura para a liderança do Eurogrupo - órgão informal da União Europeia (UE) que reúne os ministros das Finanças e Economia dos Estados-membros da Zona Euro.

“Apresento a minha candidatura à presidência do Eurogrupo”, anunciou Cuerpo na rede social X, esta sexta-feira. O atual responsável pela pasta da Economia do Governo de Pedro Sánchez acrescentou que a candidatura representa “um passo em frente para dar um novo impulso a uma instituição que deve desempenhar um papel fundamental na agenda política europeia e obter resultados tangíveis em termos de crescimento, competitividade, estado social e integração”.

A apresentação de candidaturas para liderar este órgão terminou esta sexta-feira com novos candidatos a desafiarem o atual presidente do órgão e ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe, que pretende manter-se no cargo - já tendo servido dois mandatos consecutivos de dois anos e meio cada.

O processo prosseguirá com a votação dos ministros das Finanças da Zona Euro na reunião do Eurogrupo de 7 de julho, que determinará quem irá liderar o órgão a partir de agosto.

Além de Donohoe e Cuerpo, também o ministro das Finanças da Lituânia, Rimantas Šadžius, já confirmou a sua intenção de concorrer ao cargo.

Carlos Cuerpo tem defendido que o Eurogrupo deve assumir um papel internacional reforçado. Numa carta conjunta, citada pelo jornal espanhol elEconomista e assinada pelas principais economias da Zona Euro - Itália, França, Alemanha e Países Baixos -, apelaram a uma “redefinição do futuro da organização”, dando maior relevância a estas reuniões e fazendo avançar a união dos mercados de capitais.

A mensagem apela a um maior dinamismo face ao mandato do atual presidente do órgão, embora não possa ser lida como um apoio explícito ao agora candidato espanhol.

Nas últimas semanas, o nome de Cuerpo surgiu entre rumores para possíveis candidatos para suceder a Donahoe, refere o elEconomista. O atual ministro da Economia espanhol comentou na altura que era “prematuro” confirmar se seria candidato, embora reconhecesse abertamente que contava com o apoio do primeiro-ministro Pedro Sánchez.