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Sondagens à boca das urnas apontam para ligeira vantagem dos centristas nos Países Baixos

O partido liberal progressista D66 deverá conquistar 27 dos 150 lugares no Parlamento, à frente do partido de extrema-direita PVV, que deverá garantir 25, segundo uma sondagem da Ipsos citada pela agência France-Presse (AFP).

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Resultados renhidos: reações de partidos holandeses às sondagens à boca das urnas
Negócios 29 de Outubro de 2025 às 23:30

O líder dos centristas D66, Rob Jetten, que lidera as sondagens à boca das urnas após as eleições legislativas antecipadas nos Países Baixos, à frente da extrema-direita, defendeu hoje que os eleitores viraram as costas à "política de ódio".

"Milhões de neerlandeses viraram hoje a página. Despediram-se da política da negatividade e do ódio", frisou Jetten, num discurso perante os seus apoiantes em festa.

O partido liberal progressista D66 deverá conquistar 27 dos 150 lugares no Parlamento, à frente do partido de extrema-direita de Wilders, PVV, que deverá garantir 25, segundo uma sondagem da Ipsos citada pela agência France-Presse (AFP).

A confirmar-se este resultado, o líder do D66, de 38 anos e defensor da Europa, poderá tornar-se primeiro-ministro.

Rob Jetten subiu nas sondagens nos últimos dias graças a uma mensagem otimista e a uma forte presença nos media.

"Quero trazer os Países Baixos de volta ao coração da Europa porque, sem a cooperação europeia, não chegamos a lado nenhum", tinha frisado à AFP após votar em Haia.

O líder da extrema-direita nos Países Baixos, Geert Wilders, admitiu que esperava um resultado diferente nas eleições legislativas antecipadas de hoje.

Já o antigo vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, anunciou hoje a sua demissão da liderança da Aliança Verde de Esquerda (GL-PvdA), após os resultados abaixo das expectativas.

A sua aliança deverá conquistar 20 lugares no Parlamento, em comparação com os 25 da legislatura anterior, segundo as sondagens à boca das urnas.

Nos Países Baixos, as sondagens à boca das urnas refletem geralmente com bastante precisão a composição do Parlamento, mas a distribuição dos lugares pode mudar à medida que os votos são apurados.

As eleições neerlandesas foram seguidas de perto em toda a Europa, uma vez que se esperava que fornecessem uma avaliação da extensão da ascensão da extrema-direita em todo o continente, particularmente no Reino Unido, França e Alemanha.

Segundo as sondagens à boca das urnas, o PVV poderá perder 12 lugares em comparação com a sua retumbante vitória eleitoral em 2023.

Independentemente do resultado final, é improvável que Wilders se torne primeiro-ministro, uma vez que os outros principais partidos descartaram qualquer colaboração futura com o líder do PVV, considerando-o pouco fiável ou as suas opiniões inaceitáveis.

Assim que o resultado final for conhecido, terá início um longo período de negociações entre os partidos para formar uma coligação, um processo que pode demorar meses.

Cerca de 13,4 milhões de cidadãos neerlandeses foram hoje às urnas para eleger a composição do Parlamento nacional, de onde sairá a futura coligação governamental, na terceira eleição realizada no país em menos de cinco anos. As urnas encerraram às 21:00 (20:00 em Lisboa).

O Parlamento dos Países Baixos tem 150 lugares, atualmente divididos entre 15 partidos, número que as sondagens preveem que se mantenha após a votação de hoje, na qual participaram 27 partidos.

De acordo com as sondagens, será necessária uma coligação de pelo menos quatro ou cinco partidos para alcançar os 76 lugares necessários para uma maioria absoluta.

A meio da tarde, 38% dos 13,4 milhões de eleitores holandeses aptos a votar já tinham comparecido às urnas, menos dois pontos percentuais do que à mesma hora nas eleições de 2023. O dia decorreu sem incidentes.

A participação final nas eleições de 2023 foi de 77,7%, um dos níveis mais elevados da última década.

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