França, Itália, Suécia e Noruega condenam violação russa do espaço aéreo polaco
Continuam a surgir reações aos drones russos que entraram no espaço aéreo polaco.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, António Tajani, condenaram esta quarta-feira a entrada no espaço aéreo da Polónia de dezenas de ‘drones’ russos durante um ataque à Ucrânia.
"A incursão de drones russos no espaço aéreo polaco durante um ataque liderado pela Rússia à Ucrânia é simplesmente inaceitável", declarou Emmanuel Macron na rede social X. "Peço à Rússia que ponha fim a esta corrida precipitada (...) Não faremos concessões à segurança dos Aliados", acrescentou, especificando que se reunirá "em breve" com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, condenou "a violação do território polaco por drones russos, descrevendo-a como um "ato grave e inaceitável" numa publicação na rede social X. "Este é um ataque à segurança de toda a área euro-atlântica", escreveu Tajani, manifestando a "total solidariedade" da Itália para com a Polónia, "um país amigo e aliado". "Qualquer provocação deve ser rejeitada firme e unidamente pela Europa", acrescentou.
Também os Governos da Suécia, Noruega e Letónia consideraram esta quarta-feira inaceitável a violação do espaço aéreo polaco pela Rússia e manifestaram o seu apoio à Polónia, sublinhando que os aliados "devem trabalhar em conjunto".
"A violação russa do espaço aéreo polaco esta noite é inaceitável. A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia representa uma ameaça à segurança de toda a Europa", disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, na rede social X. A Polónia, segundo Kristersson, "tem todo o direito de defender o seu espaço aéreo".
As Forças Armadas polacas declaram que durante um ataque russo à Ucrânia, na madrugada desta quarta-feira, dezenas de drones russos entraram no espaço aéreo polaco, obrigando as suas defesas a neutralizar alguns destes.
"Oferecemos o nosso total apoio, enquanto aliados da NATO e membros da União Europeia (UE). A Suécia e a Polónia mantêm-se unidas no seu apoio à Ucrânia", acrescentou Kristersson.
O Presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, fez uma declaração semelhante, expressando o "total apoio e solidariedade" do seu país à Polónia. De acordo com Rinkevics, o que aconteceu durante a madrugada é um "claro testemunho" de que a agressão russa na Ucrânia os afeta diretamente e que devem ser tomadas as medidas adequadas. "Os aliados estão e devem continuar a trabalhar em conjunto", afirmou também no X.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, acrescentou na mesma plataforma que a violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia é "profundamente preocupante".
"Saúdo a estreita coordenação entre as autoridades polacas e a NATO. A Noruega reafirma o seu forte apoio à nossa aliada Polónia e o nosso compromisso mútuo com a segurança europeia", concluiu o líder norueguês.
As Forças Armadas polacas afirmaram que abateram alguns dos drones que invadiram o seu espaço aéreo e que iniciou "imediatamente os procedimentos defensivos".
"As forças polacas e aliadas monitorizaram dezenas de objetos por radar e, considerando aqueles que poderiam representar uma ameaça, o Comandante Operacional das Forças Armadas polacas decidiu neutralizá-los", indicou o comando.
O dispositivo da Força Aérea polaca e da NATO foi colocado em alerta esta madrugada para garantir a segurança do espaço aéreo da Polónia, depois da Força Aérea da Ucrânia ter alertado que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, membro da Aliança Atlântica.
Notícia atualizada às 09:50 horas com as reações de França e Itália
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