Von der Leyen anuncia criação de novo polo europeu de combate a incêndios
A estrutura vai funcionar em Chipre e pretende reforçar o mecanismo europeu de proteção civil, depois de um dos piores verões de sempre em termos de área ardida.
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A Comissão Europeia vai propor a criação de um novo polo de combate a incêndios, que deverá reforçar o atual mecanismo de proteção civil, anunciou esta quarta-feira a presidente do Executivo Comunitário, Ursula von der Leyen, no discurso do Estado da União.
Depois de um dos piores verões de sempre na União Europeia (UE) com mais de um milhão de hectares ardidos – "um terço do tamanho da Bélgica", disse Von der Leyen –, este polo ficará baseado em Chipre. A Presidente da Comissão lembrou que os incêndios dos últimos meses "não são uma situação pontual, devido às alterações climáticas."
"A magnitude dos danos é enorme e não é uma situação pontual devido às alterações climáticas", afirmou a líder do Executivo comunitário. Por isso, indicou que é preciso "um maior esforço e dotar a UE de ferramentas."
Até ao final de agosto, foram declarados mais de 1.800 incêndios florestais na UE que emitiram mais de 38 milhões de toneladas de CO2. Apenas cinco dos 27 Estados-membros foram poupados: a República Checa, a Estónia, a Lituânia, o Luxemburgo e Malta. No topo da lista, a Itália e a Roménia registaram mais de 450 incêndios cada.
No entanto, os países que sofreram mais danos não foram necessariamente os que registaram mais incêndios. Chipre, por exemplo, registou três incêndios, mas estes foram particularmente devastadores.
Desde o dia 1 de janeiro, arderam mais de 400 mil hectares em Espanha e mais de 260 mil em Portugal.
No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Ursula von der Leyen homenageou os bombeiros, pilotos e todas as equipas que responderam ao apelo europeu através do mecanismo comum de proteção civil. Von der Leyen partilhou a história de 20 guardas-florestais gregos que nas Astúrias, em Espanha, combateram as chamas durante cinco dias, evitando que alcançassem as habitações.
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