Alterações no IVA causam confusão na Grécia
A alteração das taxas de IVA nas ilhas gregas, que entrou em vigor no início deste mês, está a gerar uma verdadeira confusão no país. Se não veja-se: para quem viaja de Piraeus para a ilha de Folegandros, o IVA aplicado ao bilhete de ferry é de 23%. No entanto, se o ferry partir de Andros para Folegandros, o IVA aplicado será de apenas 16%.
No mesmo sentido, uma empresa de lacticínios de Naxos que entrega mercadoria a empresas em Lesvos ou Chios irá cobrar uma taxa de IVA de 9% sobre os seus preços. Mas se as mercadorias forem entregues a consumidores privados nas mesmas ilhas, o IVA cobrado será de 13%.
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Os exemplos apresentados pelo jornal grego Ekathimerini ilustram as discrepâncias e os problemas vividos pelos viajantes e habitantes das ilhas Cíclades, e por aqueles que fazem negócios em Skiathos, Rhodes e nas ilhas vizinhas, na sequência da supressão do desconto de 30% aplicado ao IVA de que Paros, Naxos, Mykonos, Santorini, Rhodes e Skiathos usufruíram até ao dia 30 de Setembro.
Esta segunda-feira, a secretária-geral da Receita Pública da Grécia, Katerina Savvaidou, emitiu uma circular para esclarecer as discrepâncias mas, segundo o Ekathimerini, a lista de problemas é interminável. Segundo esta publicação, os contabilistas estão em alerta, num esforço para ajudar os clientes com a emissão de facturas, evitando erros que podem sair caros.
No dia 1 de Outubro, as seis ilhas perderam uma série de regalias respeitantes às taxas de IVA, que lhes permitiam reduzir os preços de produtos cruciais para o turismo, como alimentos e bebidas alcoólicas.
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As alterações a este imposto foram acordadas com os credores internacionais no âmbito do terceiro resgate à Grécia, no valor de 86 mil milhões de euros.
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