BCE baixa linha de emergência à banca grega para 51,1 mil milhões

A autoridade monetária da Zona Euro voltou a reduzir o limite máximo da linha de assistência de emergência para o sistema financeiro grego para 51,1 mil milhões de euros, numa decisão que reflecte as melhorias de liquidez dos bancos helénicos.
Mario Draghi BCE
Reuters
David Santiago 03 de Novembro de 2016 às 18:07

O banco central da Grécia informou esta quinta-feira, 3 de Novembro, que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu voltar a reduzir o limite máximo da linha de assistência de emergência (ELA, na sigla inglesa) para o sistema financeiro grego.

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A redução decretada pelo BCE é de um montante de 700 milhões de euros para um limite máximo que agora fica fixado nos 51,1 mil milhões de euros, e surge em resposta ao pedido feito pela própria autoridade monetária grega.

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No entender de ambos os bancos centrais, esta nova redução da ELA reflecte a melhoria da situação de liquidez da banca helénica bem como a menor incerteza em torno da situação financeira do país e a crescente estabilização do sector privado do país.

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Os bancos gregos estão dependentes desta linha de financiamento desde Fevereiro de 2015, altura em que o BCE decidiu cortar o financiamento normal ao sistema financeiro da Grécia, uma decisão que surgiu poucos dias depois de o Syriza ter vencido as eleições legislativas.

 

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A contribuir para a estabilização económica grega estão também os dados divulgados esta quinta-feira pelo Ministério grego das Finanças. Segundo o qual as dívidas do Estado grego a terceiros (em especial a fornecedores) recuaram de 6,28 mil milhões de euros em Agosto para 6,22 mil milhões em Setembro.

 

Há pouco mais de uma semana, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) "autorizou o desembolso de 2,8 mil milhões de euros para a Grécia", com a instituição liderada por Klaus Regling a destacar esta decisão inesperada com os "progressos firmes" alcançados pelas autoridades helénicas na "reforma do seu país". 

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Em comunicado assinado por Regling, o MEE mostrava satisfação com o facto de o Executivo liderado por Alexis Tsipras ter cumprido o compromisso de "liquidar dívidas em atraso, o que terá um impacto positivo na economia do país". Era precisamente o elevado montante de dívidas do Estado a fornecedores que continuava a bloquear este desembolso.

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