Documentos originais de Bárcenas incluem pagamentos a Rajoy

O PP espanhol reiterou a negação da existência de contabilidade paralela, afirmando que todos os pagamentos feitos aos dirigentes partidários são os que constam nos recibos mensais.
Inês Balreira 09 de Julho de 2013 às 11:33

O jornal espanhol “El Mundo” publicou esta segunda-feira documentos originais onde consta parte da contabilidade paralela do Partido Popular (PP) espanhol.

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No documento a que o diário espanhol teve acesso constam alegados pagamentos ilegais a Mariano Rajoy, em 1997, 1998 e 1999, quando era ministro da Administração Pública do Governo de José Maria Aznar, autorizados por Luís Bárcenas, na altura tesoureiro do PP.

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O documento é um original do conjunto de documentos, que ficaram conhecidos como “papéis de Bárcenas” publicados em Janeiro pelo “El País”, onde está registada parte da contabilidade paralela do partido.

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Tais pagamentos violam a Lei das Incompatibilidade de 1995, que proibia pagamentos extra, de origem pública ou privada, a membros do Governo.

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De acordo com os documentos, Rajoy terá sempre recebido os salários extra em dinheiro. Em 1997, o actual primeiro-ministro de Espanha terá recebido sete milhões de pesetas, em 1998 4,2 milhões e em 1999 recebeu dois pagamentos de 2,1 milhões de pesetas cada, refere o “El Mundo”.

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O documento terá sido obtido pelo director do “El Mundo”, Pedro J. Ramírez, no seguimento de uma conversa com o antigo tesoureiro do PP. O director do jornal espanhol entregou depois o documento a Pablo Ruz, juiz da Audiência Nacional.

 

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Por ordem de Ruz, Bárcenas encontra-se detido desde 27 de Junho, no âmbito de um processo de corrupção e vários crimes financeiros.

 

PP volta a negar pagamentos extraordinários a dirigentes

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O PP espanhol voltou esta manhã a negar a existência de uma contabilidade paralela dentro do partido, afirmando desconhecer os documentos do antigo tesoureiro.

 

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Num comunicado enviado às redacções espanholas, o partido de Mariano Rajoy diz não reconhecer como sua contabilidade “notas supostamente manuscritas referentes às contas” desta formação política e publicadas “num jornal”, cita o “El País”.

 

O partido nega ainda qualquer tipo de pagamentos a dirigentes do PP “diferentes dos que constam nas folhas de pagamento mensal, sujeitos a retenção de impostos e Segurança Social”, refere o comunicado.

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