Eleições em França: Movimento de Macron lidera destacado nas projecções
Um mês depois de terem eleito Emmanuel Macron como presidente, os franceses voltaram hoje às urnas para escolherem a composição do Parlamento. E, segundo as projecções às 20h (19h em Portugal), baseadas numa combinação entre resultados parciais e projecções, o movimento que apoia Macron deverá ser o grande vencedor desta primeira volta.
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Numas eleições marcadas por uma forte abstenção, o movimento República em Marcha, de Macron terá ficado acima dos 30%, a uma distância de cerca de 10 pontos dos Republicanos (direita conservadora), segundo apontam as sondagen encomendas pelas televisões. O partido de extrema-direita Frente Nacional, de Marine Le Pen, terá reunido cerca de 14% dos votos, seguido de perto da esquerda radical liderada por Melénchon, com cerca de 11%. Confirma-se ainda o mau resultado do Partido Socialista, que deverá surgir na quinta posição, com apenas 10% dos votos.
Em matéria de lugares no Parlamento, as projecções apontam para uma maioria absoluta da República em Marcha, movimento criado por Macron. Segundo a projecção da Ipsos-Sopra Steria, feita para a France Télévisions et Radio France, este movimento ficará com 390 a 430 assentos. Os Republicanos terão entre 85 e 125. Muito atrás surge o fragilizado Partido Socialista, com 20 a 35 lugares, pouco à frente da esquerda radical reunida em torno do movimento France Insoumisse (coligada em alguns locais com os comunistas), que deverá ter entre 11 e 21 lugares. Já a Frente Nacional deverá ter entre três e 10 deputados.
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Em causa, nestas eleições legislativas, estão 7.882 candidatos relativos a 577 círculos. Destes, apenas aqueles que obtiveram mais de 50% garantiram entrada directa no Parlamento. Os restantes, e desde que assegurem o voto de pelo menos 12,5% dos inscritos (e não votantes), passam à segunda volta, que se realiza no próximo domingo.
O sistema eleitoral francês está concebido para favorecer o partido mais votado e deste modo facilitar a criação de maiorias governativas no Parlamento.
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