Negociações entre CDU e SPD para formar Governo mantêm Schäuble nas Finanças
O presidente do Partido Social Democrata alemão (SPD), Sigmar Gabriel, em declarações aos jornalistas, citadas pela Bloomberg, afirmou que a delegação do seu partido, que esteve nas três conversas exploratórias com os Democratas Cristãos (CDU) de Angela Merkel, foi unânime na decisão de apoiar as negociações formais com vista à criação do próximo executivo germânico.
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O responsável disse acreditar ser possível “encontrar bases comuns” com o partido de Merkel para levar as conversões sobre a coligação a bom porto. Um dos pontos essenciais para o sucesso destas negociações é o salário mínimo.
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Sigmar Gabriel sustentou mesmo que a CDU está consciente que o salário mínimo - de 8,50 euros por hora - é um ponto “central” e, sem o qual, uma coligação governamental não faz sentido para os sociais-democratas.
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Por outro lado, o responsável mostrou-se confiante de que podem ser alcançadas “soluções sensatas” para os diferendos entre os dois partidos.
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Outra questão colocada em cima da mesa, pelos democratas, nos encontros mantidos no início deste mês, passava pela pasta das Finanças. O SPD pretendia ficar com seis ministérios, Finanças inclusivé, reeditando assim o figurino da grande coligação do primeiro mandato de Merkel (2005 - 2009), em que o candidato derrotado no último dia 22 de Setembro, Peer Steinbrück, foi o titular desta pasta.
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Merkel não estará disponível para prescindir de Wolfgang Schäuble, actual ministro das Finanças, e considera que a larga votação que obteve nas últimas eleições, lhe confere o direito de escolher aquela que é a pasta mais sensível do novo executivo. O "El País" avança que os sociais-democratas deverão ceder, até porque consideram que a questão do salário mínimo já será uma importante vitória política.
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A chanceler alemã Angela Merkel venceu as legislativas de 22 de Setembro, com mais de 40% dos votos. O aliado liberal, o FDP, na coligação governamental cessante, foi afastado da câmara baixa do parlamento (Bundestag), pela primeira vez na história da República Federal da Alemanha, por só ter conseguido 4,8% dos votos, ficando aquém dos 5% necessários para ter representação parlamentar.
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(Notícia actualizada pela última vez às 19h45)
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