Varoufakis pede ao governo grego que rompa relações com credores
Numa entrevista transmitida pela televisão, em Atenas, Varoufakis disse que ao contrário do que está a ser anunciado "não existe qualquer avaliação" nem muito menos negociações porque o governo de Tsipras vai "assinar tudo" o que os credores vão impor à Grécia.
Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças do Governo do Syriza demitiu-se em desacordo com o pedido do terceiro resgate à Grécia.
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Segundo Varoufakis a única solução para sair da crise é "romper com os credores" acrescentando que todos os resgates assinados com a Grécia demonstram que foram feitos para "falhar" por beneficiam "os objectivos do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble" que pretende que o país abandone a Zona Euro.
Varoufakis que se opõe à saída da Grécia do euro sublinhou que a melhor forma de evitar o regresso do dracma é demonstrar "menos medo" em relação às avaliações dos credores.
O académico e ex-ministro das Finanças grego critica sobretudo as medidas propostas pela actual revisão do programa e que visam fixar o Produto Interno Bruto (PIB) nos 3,5 por cento, durante os próximos anos, como objectivo para o superavit primário.
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A Alemanha defende que a Grécia mantenha o nível do superavit durante dez anos a partir de 2019, ano que termina o actual programa de ajuda financeira.
Atenas pretende limitar o objectivo a um período de dois anos e reduzir o valor, tal como pretende o Fundo Monetário Internacional.
A Grécia, neste momento, quer conseguir um acordo "a nível técnico sobre a segunda revisão do resgate" e resolver os restantes temas do programa depois da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, agendada para segunda-feira.
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