Famílias poupam 4% do rendimento disponível
Nos 12 meses terminados em Setembro as famílias portuguesas pouparam 4% do rendimento disponível, divulgou o INE esta sexta-feira, 23 de Dezembro, no âmbito das estatísticas trimestrais sobre a evolução da economia nacional por sector institucional. O valor traduz um ligeiro aumento face aos 3,9% do do trimestre anterior, beneficiando de um crescimento maior do rendimento face ao consumo, explica o instituto de estatística.
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"A taxa de poupança das famílias fixou-se em 4,0%, mais 0,1 pontos percentuais que no trimestre precedente, reflectindo um crescimento ligeiramente mais elevado do rendimento disponível comparativamente com o da despesa de consumo final (0,8% e 0,7%, respectivamente)", lê-se na nota divulgada pelo INE, que associa o aumento de rendimento a uma subida das remunerações recebidas pelas famílias e a uma queda do IRS decorrente de alterações nos prazos de reembolsos e cobrança deste imposto.
O INE dá ainda conta de um maior financiamento das famílias ao resto da economia: "A capacidade de financiamento das famílias passou de 0,6% para 0,8% do PIB no 3º trimestre de 2016", nota o INE, que dá também conta de uma estabilização dos excedentes financeiros registados pelas empresas no ano terminado em Setembro: "Os saldos das sociedades não financeiras e das sociedades financeiras estabilizaram em 0,4% e em 3,3% do PIB, respectivamente", lê-se na nota do instituto.
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Neste período, as administrações públicas registaram um défice de 3,6% do PIB, um valor superior aos 3,5% do PIB do trimestre anterior e significativamente acima do défice de 2,5% do PIB apurado para os primeiros nove meses de 2016 porque contabiliza o resgate do Banif no último trimestre de 2015 (avaliado em 1,3% do PIB).
Contas feitas ao total da economia, Portugal registou um excedente de financiamento face ao resto do mundo de 0,9% do PIB no ano terminado em Setembro, um valor ligeiramente superior aos 0,8% do PIB observados até Junho.
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Estes resultados foram conseguidos com um aumento do excedente comercial, explica ainda o INE: "O saldo externo de bens e serviços aumentou para 1,3% do PIB (mais 0,2 pontos percentuais que no trimestre anterior), tendo as exportações de bens e serviços aumentado 0,7%, mais 0,5 p.p. que as importações", lê-se na nota que acompanha os dados macroeconómicos.
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