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Dívida de 2014 pode ser revista novamente em alta em Setembro

O aviso chegou pelo próprio INE no mesmo dia em que anunciou valores de dívida pública mais elevados do que os previstos até agora.

Maria Luís Albuquerque
Maria Luís Albuquerque Miguel Baltazar/Negócios
26 de Março de 2015 às 15:57

O Instituto Nacional de Estatística (INE) avançou hoje com valores de dívida pública superiores aos estimados até agora para 2013 e 2014, e avisou que poderá ser obrigado a acrescentar pelo menos mais 4 mil milhões de euros à dívida pública nacional por determinação do Eurostat, uma decisão que poderá chegar já em Setembro deste ano, apurou o Negócios. A confirmar-se, o stock de dívida pública apurado para 2014 aumentaria dos 130,2% do PIB avançados hoje para 132,5% do PIB.

Em causa estão os "juros capitalizados de Certificados de Aforro" e produtos similares que alguns países da União Europeia, entre os quais Portugal, não são registados como dívida pública, mas que o Eurostat, a autoridade estatística europeia, defende que devem ser. Segundo a notificação relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos, enviada a Bruxelas pelo INE na quinta-feira, dia 26 de Março, o valor destes juros ascendeu 4.055 milhões de euros em 2014, ou 2,3% do PIB.

Na notificação, o INE explica que "o Eurostat pretende revisitar a redacção actual do Manual do Défice e da Dívida das Administrações Públicas" que estabelece as regras contabilísticas no registo das contas públicas, de forma a harmonizar a contabilização dos juros capitalizados do "instrumento numerário e depósitos", os quais deverão passar a estar incluídos no "stock" de dívida pública.

O INE acrescenta que a revisão em alta da dívida dependerá de uma "clarificação que será efectuada num fórum de discussão permanente, existente no Sistema Estatístico Europeu, que aborda assuntos metodológicos relevantes para a compilação do défice e da dívida", uma decisão que poderá chegar já em Setembro, apurou o Negócios.

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