Galamba: "Não tem de haver tensão com Banco de Portugal, tem de haver rigor"
O deputado socialista e co-autor do relatório produzido pelo grupo de trabalho criado pelo PS e Bloco de Esquerda considera que banco central deve mesmo pagar mais dividendos. É uma questão urgente e imediata.
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Ao fim de quase um ano, o grupo de trabalho criado pelo PS e Bloco de Esquerda para analisar e propor medidas que melhorem a sustentabilidade das dívidas pública e externa, apresentou dois estudos. Um deles, propõe uma reestruturação da dívida pública negociada com os parceiros europeus, partindo de um cenário que baixa os juros dos empréstimos europeus para 1% e estende a sua maturidade para 60 anos, juntando-lhe a manutenção para todo o sempre no balanço do banco central da dívida pública comprada ao abrigo do programa de compra alargada de títulos do BCE. O outro, que depende principalmente de iniciativas das autoridades nacionais, quer o que Banco de Portugal pague mais dividendos ao Estado com os lucros dos juros da dívida pública, que o Governo pague mais rapidamente o empréstimo do FMI que tem juros altos, e ainda duas medidas consideradas arriscadas por muitos analistas: uma redução da maturidade da dívida emitida pelo IGCP e uma redução da almofada financeira. João Galamba, porta-voz do PS, e um dos autores do relatório, explica e defende as suas propostas.
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