Peso dos impostos indiretos na receita fiscal vai igualar máximos da década

A proposta do Orçamento do Estado para 2026 projeta um crescimento da receita fiscal a partir dos impostos indiretos, tal como tem vindo a suceder. Peso regressa aos tempos em que Centeno esteve à frente das Finanças.
Impostos indiretos devem ter um peso de 52,9% no fim deste ano e subir para 53,5% em 2026.
Miguel Baltazar / Jornal de Negócios
Negócios 08:40

O Governo quer elevar o peso dos impostos indiretos e mantê-los a acompanhar a tendência que se verifica desde 2024, quando Luís Montenegro assumiu o cargo de primeiro-ministro. De acordo com o jornal , e seguindo as projeções para a receita fiscal em 2025 e 2026 inscritas no Orçamento do Estado, o peso dos impostos indiretos vai igualar os 53,5% de 2021 já no próximo ano. 

Os impostos indiretos assumiram um peso de 52,1% em 2024 e devem terminar o presente ano em 52,9%. Os mesmos dados citados pela publicação apontam para um aumento de 4,8% nos impostos diretos a pagar pelos contribuintes e empresas para 2025, enquanto os indiretos devem crescer 8,4%, sendo que no próximo ano as subidas deverão ser de 2,6% e de 5,1%, respetivamente.

PUB

Economistas citados pelo Público explicam que os sucessivos Executivos têm optado por uma "anestesia fiscal" ao subir os impostos indiretos, uma vez que estes são menos sentidos junto do cidadãos. Só no ano passado, o IVA, o principal imposto indireto e principal fonte de receita fiscal do Estado, rendeu perto de 24,2 mil milhões de euros à administração central, representando quase 72% da receita fiscal através deste tipo de impostos. 

Os impostos indiretos representam mais de 50% da receita fiscal desde 2015, assinala ainda o jornal, com o pico de 54,5% a ser atingido em 2019, quando Mário Centeno liderava as Finanças.

PUB


Saber mais sobre...
Saber mais Impostos Orçamento Mário Centeno Luís Montenegro
Pub
Pub
Pub