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O que ainda deverá ser alterado no Orçamento do Estado

O PCP e o Bloco de Esquerda anunciaram a viabilização do Orçamento do Estado em troca de novas medidas na especialidade. Se o BE fala em compromissos negociados ao detalhe, os comunistas destacam “passos de sentido positivo”, sem concretizar. PAN ainda não tem conquistas.

Antonio costa parlamento
Antonio costa parlamento Mariline Alves
11 de Janeiro de 2020 às 15:00
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Aumento extra das pensões

O Governo está a preparar um novo aumento extraordinário das pensões mais baixas que de acordo com o Bloco de Esquerda está "em linha" com o de anos anteriores. Tanto o BE como o PCP referem, no entanto, que os detalhes serão acertados na especialidade. Em anos anteriores este aumento complementar destinou-se a garantir que as pessoas com um valor total de pensões equivalente a 1,5 do Indexante de Apoios Sociais (agora, 658 euros) têm uma subida na pensão (incluindo o aumento regular) que perfaz os 6 euros, no caso das pensões sociais, rurais e do primeiro escalão das pensões mínimas, e de 10 euros, nos restantes casos.

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Atualizações na função pública

Os partidos à esquerda pretendem que os aumentos transversais na Função Pública sejam superiores a 0,3% e o PS já admitiu que esta é uma das áreas em que poderá haver alguma convergência. A questão ainda não estará fechada.

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Redução de propinas

O Bloco de Esquerda garante que o Governo se compromete a reduzir as propinas das licenciaturas (primeiro ciclo) em 20% "no próximo ano letivo". A propina máxima desce dos atuais 871 euros para 697 euros. De acordo com Catarina Martins a medida custa 50 milhões de euros.

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Redução de taxas nos centros de saúde

O BE garante que o Governo se comprometeu a eliminar as taxas moderadoras em consultas dos centros de saúde já com a entrada em vigor do Orçamento, e não mais tarde. Em setembro acabam taxas moderadoras dos meios de diagnóstico e terapêutica que sejam feitas no SNS; Em 2021, a extinção abrange também os meios complementares de diagnóstico prescritos pelo médico de família, para serem realizados "tanto no SNS como convencionados com entidades externas", ou seja, com privados. O BE quantifica esta medida em 20 milhões.

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Reforço do investimento na saúde

Além do reforço de 800 milhões de euros destinado a resolver a suborçamentação, o Governo comprometeu-se, segundo o BE, a reforçar a conta do Serviço Nacional de Saúde em 180 milhões de euros, adicionais, a serem executados em 2020 e sobretudo destinados ao investimento em meios complementares de diagnóstico.

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Exclusividade dos médicos

O caminho para a exclusividade dos médicos começará, segundo Catarina Martins, pelos dirigentes: coordenadores de Unidades de Saúde Familiar e diretores de Centros de Responsabilidade Integrados. Contudo, segundo explicou em conferência de imprensa, apenas na medida em que "há concursos para os cargos: um novo concurso já tem a exclusividade e os necessários incentivos". A generalização fica para mais tarde.

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Programas de saúde mental

Entre as sete medidas que o Bloco de Esquerda diz que estão garantidas está também a criação de equipas de saúde mental, o alargamento de internamento psiquiátrico nos hospitais que não o oferecem, entre outras medidas, avaliadas em 30 milhões de euros.

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Alargamento do CSI

O Governo já tinha aberto a porta à possibilidade de eliminar a consideração do rendimento dos filhos no segundo escalão do CSI, uma prestação destinada a idosos comprovadamente pobres. Esta quarta-feira o BE anunciou que a eliminação da ponderação do rendimento dos filhos também vai abranger o terceiro escalão de rendimentos, medida que custará 12 milhões.

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Gratuitidade das creches

O PCP anunciou que o Governo dará "passos" na gratuitidade das creches e esta foi uma das áreas que foi identificada pelo presidente do PS, Carlos César, como de possível convergência no sentido das propostas da esquerda. O Governo já estava a preparar um apoio para entrar em vigor no próximo ano letivo, embora não tenha dado detalhes.

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Abono e subsídio de desemprego

O PCP tem insistido no alargamento da taxa de cobertura do subsídio de desemprego e o BE nas prestações sociais em geral. Na segunda-feira, a ministra da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, respondeu genericamente que esta é uma questão que o Governo está disponível para estudar.

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Laboratório do medicamento

A criação do laboratório nacional do medicamento é uma das reivindicações do PCP e de acordo com os comunistas o Governo revelou abertura para acolher este projeto.

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Licença para vítimas de violência doméstica

O PAN quer que as vítimas de violência doméstica possam beneficiar de uma licença de 10 dias paga a 100%, para que as vítimas possam "reorganizar a sua vida e afastar-se do agressor, podendo ausentar-se do trabalho sem perda dos direitos laborais". Embora o Governo não tenha ainda acolhido esta proposta, o PAN ainda espera "luz verde" na especialidade.

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