pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Quando Costa citou Lenine para explicar a Jerónimo o adiamento no IRS

A dúvida era do PCP. O Governo adiou para 2019 parte da devolução do IRS por motivos eleitorais? Costa confirmou que assim será mas recusou aquela explicação.

antonio costa jeronimo sousa parlamento
antonio costa jeronimo sousa parlamento Miguel Baltazar
09 de Janeiro de 2018 às 17:24

O primeiro-ministro admitiu no Parlamento que a devolução do IRS será feita em dois anos, mas rejeitou que por trás desta decisão estejam motivações eleitoralistas. A questão apareceu no primeiro debate quinzenal pela voz de Jerónimo de Sousa, que viu António Costa usar - sem querer, como sublinhou - uma frase de Lenine para explicar a razão por trás daquela decisão. 

"Não é aceitável que uma medida tão importante fique sujeita a esse tipo de aproveitamento" disse Jerónimo de Sousa, desafiando António Costa a dar explicações sobre o facto de as tabelas de retenção na fonte de IRS, publicadas na semana passada, não reflectirem por completo a redução de IRS prevista, adiando assim uma parte dessa devolução para 2019, ano de legislativas. 

António Costa garantiu que o Governo vai "dar sequência ao conjunto destas medidas" que tinham sido acordadas, mas referiu que, "desde o início, o Governo assumiu que a redução da carga fiscal tinha que ser distribuída por dois anos. Não por razões eleitorais mas por razões orçamentais". 

Costa argumentou também que "quanto mais cedo" for devolvido o IRS "mais gratos ficarão" os portugueses, desvalorizando assim o facto de parte da devolução ter sido calendarizada para um ano eleitoral.

"Infelizmente temos de distribuir [em dois anos] para que que cada passo que damos não damos dois passos atrás. Isto agora saiu-me. Não foi de propósito". Costa tinha citado Lenine e o comentário final não passou ao lado do líder do PCP. "Não é crime citar Lenine, por enquanto", disse Jerónimo de Sousa, sorrindo. 

Ver comentários
Publicidade
C•Studio