Incêndios de Pedrógão: autarcas arriscam responder por 67 mortes
Os autarcas são os primeiros responsáveis por accionar os meios de socorro em caso de catástrofes, além de terem um papel importante na prevenção dos fogos, nomeadamente assegurando que são feitas as limpezas das florestas. Deverá ser este o fundamento para que o Ministério Público avance com a constituição como arguidos dos três presidentes de câmara dos concelhos atingidos pelos grandes fogos de Junho do ano passado: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
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A notícia é avançada pelo Correio da Manhã na sua edição desta sexta-feira, 19 de Janeiro. Segundo o jornal, os autarcas deverão ser ouvidos ainda este mês, no departamento de investigação e acção penal de Leiria, onde decorre a investigação.
Serão igualmente ouvidos elementos da Protecção Civil, da Ascendi e da EDP, bem como os elementos da GNR envolvidos na operação daquele dia, caso dos que optaram por não encerrar a estrada onde muitas pessoas acabaram por perder a vida.
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O Ministério Público está a socorrer-se de vários relatórios entretanto pedidos pelas autoridades e, segundo o jornal Público, investiga também alegadas falhas de socorro. A actuação do INEM nos dias do incêndio continua ainda envolta em interrogações, nomeadamente porque, devido à confusão e às dificuldades das redes de telemóvel e internet, os registos obrigatórios de cada meio de socorro foram feitos à mão. Ora, escreve o Público na sua edição de hoje, sete meses depois do incêndio, esses registos não foram ainda actualizados no sistema informático, o que impede que se saiba exactamente a que horas cada meio foi accionado e chegou ao local.
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