Orlando Figueira diz que foi ameaçado de morte e pede segurança pessoal
Orlando Figueira, o antigo magistrado do Ministério Público que está a ser julgado no caso da Operação Fizz, disse esta tarde no Tribunal de Lisboa que foi ameaçado de morte e pediu segurança pessoal para si e para a sua advogada, avança o Correio da Manhã.
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O arguido principal no processo em que é acusado de ter aceite subornos no antigo Vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, para arquivar processos na justiça portuguesa pediu acesso às imagens de vigilância do tribunal, alegando que as ameaças terão sido proferidas durante o julgamento da Operação Fizz, que decorre no Campus de Justiça de Lisboa, no Parque das Nações.
A advogada Carla Marinho indicou que Orlando Figueira, a irmã do ex-magistrado, que é testemunha no processo, e ela própria foram alvo de ameaças no edifício do tribunal e num hotel em Lisboa por alguém que disse "estar a mando de uma pessoa muito mencionada neste processo".
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Carla Marinho diz que as ameaças serão da autoria de uma pessoa referida no processo e que esteve nas sessões do julgamento que decorreram na terça e na quarta-feira. A defesa pediu também para ter acesso às imagens de segurança do Hotel Ibis, onde o arguido esteve com a sua representante.
O processo Operação Fizz, relacionado com corrupção e branqueamento de capitais, envolve o antigo presidente da Sonangol e ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, que, num processo entretanto separado, é acusado de ter pago a Orlando Figueira 760 mil euros para que este arquivasse inquéritos em que era visado, designadamente na aquisição de um imóvel de luxo no edifício Estoril-Sol.
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Além de Orlando Figueira, estão em julgamento o advogado Paulo Blanco (mandatário do Estado angolano em diversos processos judicias) e Armindo Pires, amigo de longa data e homem de confiança de Manuel Vicente em Portugal.
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